Desmatamento na Amazônia registra redução de 30,6% em 2024
A taxa do desmatamento na Amazônia é a menor dos últimos nove anos

Mariane Veiga
Publicado em: 18/12/2024 às 21:59 | Atualizado em: 18/12/2024 às 21:59
Em 2024, o sistema de alerta de desmatamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou queda de 30,6% (6.288 km²) no desflorestamento na Amazônia com relação a 2023.
O nível é o menor registrado nos últimos 9 anos e representa redução ainda maior, de 45,7%, quando relacionado a 2022.
Os dados foram apresentados durante reunião da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento, nesta quarta-feira (18), no Palácio do Planalto.
Outros biomas, como Cerrado e Pantanal, também apresentaram queda nos números de desmatamento.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância da existência dos planos elaborados e executados pelo governo.
“Quando a gente olha o que está acontecendo no Cerrado, onde nós tivemos uma queda de desmatamento por nove meses consecutivos, conseguimos mostrar que os planos de prevenção e controle do desmatamento funcionam e funcionam com proficiência”, afirmou.
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Planos
Na reunião, foram aprovados os Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas na Caatinga (PPCaatinga) e para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Pantanal (PPPantanal).
“Esse trabalho é fundamental para a gente cumprir as metas. Um hectare de mata, derrubado e queimado, emite 300 toneladas de carbono. Então, um dos setores mais importantes para a gente reduzir as emissões de gases de efeito estufa é o combate ao desmatamento”, disse o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, lembrando que existe uma agenda de enfrentamento ao desmatamento no país, que é executado pelo Governo Federal em parceria com os governos estaduais.
A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, falou sobre o empenho do Governo para implementar os Planos de Prevenção e Controle do Desmatamento, um compromisso do presidente Lula.
“Há um inequívoco compromisso do governo para a redução do desmatamento no Brasil. Esse esforço coletivo deu os resultados esperados e é isso que nos sustenta para conseguir cumprir nossas metas em 2025”, afirmou, reforçando a importância de todos os técnicos das equipes envolvidas.
As ministras Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e o ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) também participaram da reunião.
A Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento é composta pelos ministérios da Casa Civil da Presidência da República, que a preside; Meio Ambiente e Mudança do Clima; Agricultura e Pecuária; Ciência, Tecnologia e Inovação; Justiça e Segurança Pública; Integração e do Desenvolvimento Regional; Relações Exteriores; Defesa; Fazenda; Planejamento e Orçamento; Minas e Energia; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Pesca e Aquicultura; Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; Trabalho e Emprego; Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; Transportes; e Povos Indígenas.
Com informações da Casa Civil
Foto: Polícia Federal/divulgação