Coronel pode perder delação por esconder informações do golpe de Bolsonaro

As novas descobertas podem resultar em novos indiciamentos.

Dinheiro das joias foi entregue em mãos a Bolsonaro, delatou Cid

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 15/11/2024 às 18:06 | Atualizado em: 15/11/2024 às 18:06

A recuperação de arquivos deletados nos computadores de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, trouxe novas informações à investigação sobre o golpe de 8 de janeiro de 2023. A Polícia Federal, utilizando tecnologia israelense, restaurou dados apagados, revelando conversas e estratégias para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Esses achados, portanto, ampliaram a apuração e podem resultar em novos indiciamentos, incluindo de Bolsonaro e aliados próximos.

Com os dados recuperados, a PF desvenda novas narrativas entre os alvos da investigação, o que, por sua vez, atrasou a conclusão do relatório final. A polícia espera finalizar a apuração até o fim deste mês; no entanto, os novos elementos exigem ajustes no documento. Isso pode, consequentemente, ampliar o alcance da investigação, impactando diretamente o andamento do caso.

Além disso, a descoberta dos arquivos complicou ainda mais a situação do acordo de colaboração de Cid com as autoridades. Para garantir os benefícios do acordo, um delator precisa ser totalmente transparente e não omitir informações. Assim, a PF está reavaliando a colaboração de Cid, já que ele pode ter comprometido o acordo ao esconder dados importantes durante as investigações.

Cid, que já foi gravado criticando a PF, continua a afirmar que sua conduta foi legal e que cooperou plenamente com as investigações. Sua defesa, por sua vez, insiste que ele cumpriu todos os termos do acordo, alegando que as acusações de omissão são infundadas.

Surgem novas provas do golpe de Bolsonaro no arquivo de Mauro Cid

A matéria é do G1. Leia na íntegra.

Foto: divulgação