Temer nega convite para ser vice de Bolsonaro: ‘Só pode ser brincadeira’

Michel Temer rejeita convite para ser vice de Bolsonaro em 2026 e afirma que está fora da política. Bolsonaro segue inelegível, apostando na PEC da Anistia.

Diamantino Junior

Publicado em: 09/11/2024 às 10:42 | Atualizado em: 09/11/2024 às 10:42

O ex-presidente Michel Temer (MDB) negou, nesta quinta-feira (7), a possibilidade de integrar uma chapa com Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2026. Em entrevista à CNN Brasil, Temer foi enfático ao refutar os rumores, afirmando que está “fora da vida pública” e tratando a especulação como uma piada. “Só pode ser brincadeira”, declarou o ex-presidente ao ser questionado sobre a hipótese de se candidatar como vice de Bolsonaro.

A especulação ganhou força após Bolsonaro mencionar, em entrevista à Folha de S.Paulo, que o nome de Temer circulava nos bastidores políticos como possível vice-presidente em uma chapa que disputaria a eleição de 2026. No entanto, o ex-presidente do MDB rapidamente desmentiu qualquer intenção de voltar ao cenário eleitoral.

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No Partido Liberal (PL), a citação ao nome de Temer seria uma estratégia para atrair partidos de centro e fortalecer a base de aliados da direita para o pleito.

Bolsonaro, embora inelegível por decisões da Justiça Eleitoral, mantém viva a expectativa de concorrer novamente ao Palácio do Planalto em 2026.

Entretanto, seu caminho para recuperar os direitos políticos segue incerto, com a principal aposta sendo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Anistia.

Apesar dos esforços para emplacar a PEC, que poderia anistiar Bolsonaro e outros aliados condenados, a tramitação da proposta sofreu um revés.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, interrompeu o avanço do projeto após acordo político envolvendo a sucessão dos presidentes da Câmara e do Senado.

A adesão do PT ao bloco de apoio aos candidatos Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado também esfriou as chances de aprovação da PEC.

Temer, que presidiu o Brasil entre 2016 e 2018, mantém sua posição de afastamento da política, reforçando que não tem interesse em voltar a disputar cargos eletivos, muito menos ao lado de Bolsonaro.

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Foto: fotospúblicas