Amazônia: desmatamento cai 30,6% e queda é a maior em 15 anos
"O problema da mudança do clima já é uma realidade avassaladora. Isso é uma esperança”, diz Marina Silva

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 07/11/2024 às 06:37 | Atualizado em: 07/11/2024 às 08:52
A taxa oficial de desmatamento na Amazônia é de 6.288 km² para o período de agosto de 2023 a julho de 2024, segundo estimativa do sistema Prodes, do Inpe.
Como resultado, a redução de 30,63% em relação ao período anterior, de agosto de 2022 a julho de 2023, e é a maior queda percentual em 15 anos.
Segundo a Agência Brasil, em termos de área desmatada, o valor medido agora na Amazônia é o menor desde 2015 (6.207 Km²).
Assim, os dados foram anunciados nesta quarta-feira (6) em ato no Palácio do Planalto, com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Assim como do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
“Essa diminuição do desmatamento no Cerrado e na Amazônia é fruto de uma nova compreensão de que nós estamos fazendo mais do que uma política de governo, nós estamos fazendo uma política de país, mais do que uma política de país, uma política de Estado e uma contribuição para nós mesmos e para o mundo. O problema da mudança do clima já é uma realidade avassaladora. Isso é uma esperança”, destacou Marina Silva.
Dessa forma, com o resultado, houve uma redução nas emissões de gases de efeito estufa de 400,8 milhões de toneladas de CO2 e por desmatamento na Amazônia e Cerrado em relação ao ciclo 2021/22.
“Pegando os dois anos (2023 e 2024) é 45,7% a redução do desmatamento na Amazônia.
Então, de agosto de 2023 a julho de 2024, 78% dos 70 municípios considerados prioritários pelo MMA registraram queda do desmatamento.
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Estados
Em relação aos Estados, as maiores quedas foram em Rondônia (62,5%), no Mato Grosso (45,1%), no Amazonas (29%) e no Pará (28,4%). Apenas Roraima registrou aumento (53,5%).
De janeiro de 2023 a outubro de 2024, a média de autos de infração aplicadas pelo Ibama por infrações contra a flora na Amazônia foi 98% maior que a registrada de janeiro de 2019 a dezembro de 2022.
*Com informações da Agência Gov | Com MMA
Foto: Marizilda Gruppe/Greenpeace