Amazônia: pecuaristas articulam ‘COP do agro’ para afrontar COP-30

Em um cenário onde os pecuaristas frequentemente enfrentam silenciamento, um novo movimento surge na Amazônia Legal com a intenção de mudar essa narrativa. Os Produtores Rurais Independentes da Amazônia buscam se posicionar como protagonistas nas discussões sobre desenvolvimento sustentável e conservação ambiental.

Com a aproximação da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para Belém do Pará no próximo ano, esses produtores reivindicam um espaço legítimo no debate. Eles acreditam que a inclusão de suas vozes é essencial para um diálogo mais completo.

Além disso, lideranças como Vinícius Borba, advogado e produtor rural, planejam organizar a “COP do Agro”. Este evento paralelo pretende exigir uma abordagem equilibrada entre preservação ambiental e produção rural. Borba afirma que, caso suas reivindicações sejam ignoradas, o grupo realizará uma manifestação pacífica em Belém, reunindo produtores para defender seu papel na Amazônia.

Maria Augusta da Silva Neta, presidente do Sindicato Rural de Altamira, destaca que a nova associação proporcionará mais liberdade de ação. Dessa forma, os produtores poderão apresentar suas demandas de forma mais incisiva. Ela critica as limitações das federações tradicionais e ressalta a necessidade urgente de resolver a regularização fundiária. Essa regularização é fundamental para a rastreabilidade do gado que o governo prometeu até 2025.

Por outro lado, os produtores também criticam o ritmo lento dos processos de regularização ambiental e fundiária, como a validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). Sem esses avanços, eles afirmam não conseguir obter licenças e, consequentemente, sofrem penalizações, mesmo ao operar dentro dos limites legais.

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Com informações do Gazeta do Povo.

Foto: divulgação