Juiz nega pedido do MP-AM e solta bando de vândalos de Manaus
Magistrado aplica medidas cautelares como recolhimento domiciliar e suspensão da CNH.

Diamantino Junior
Publicado em: 30/10/2024 às 10:27 | Atualizado em: 30/10/2024 às 10:27
O juiz Rivaldo Matos Norões Filho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), negou nesta terça-feira (29/10) o pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) para manter presos três jovens suspeitos de integrar o grupo de vândalos conhecido como “Bonde dos Mauricinhos”, que atua em Manaus.
A decisão revogou os mandados de prisão temporária de Pedro Henrique Baima, Enrick Benigno Lima, ambos de 20 anos, e Marcos Vinícius Mota da Silva, de 18 anos, todos identificados em vídeos praticando crimes na capital.
Os jovens foram presos no dia 22 de outubro após serem flagrados em imagens efetuando disparos de arma de fogo, incendiando espaços públicos e danificando comércios.
No entanto, a defesa argumentou que os suspeitos tentaram se entregar voluntariamente e que não havia urgência na continuidade da prisão, o que levou o juiz a revogar os mandados e substituir a medida por cautelares.
Entre as medidas impostas estão o recolhimento domiciliar noturno, a proibição de frequentar bares ou consumir drogas e a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O Ministério Público havia solicitado a conversão das prisões para preventivas, argumentando que a liberdade dos jovens poderia atrapalhar as investigações.
Entretanto, o magistrado entendeu que a colaboração dos suspeitos e a ausência de urgência justificavam a soltura. Mesmo assim, o juiz advertiu que o descumprimento das cautelares poderá resultar em novas prisões.
Os advogados dos suspeitos ressaltaram que os réus possuem residência fixa, bons antecedentes e que os crimes investigados não são recentes. Segundo a defesa, a decisão do juiz foi sensata, já que a prisão temporária não se fazia necessária.
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O grupo é acusado de praticar atos de vandalismo e violência pelas ruas de Manaus, sempre registrando as ações em vídeo. Eles também são investigados por participar de corridas ilegais e por atacar pessoas em situação de rua com coquetéis molotov.
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Foto: reprodução