Amazônia: presos dois do Incra no esquema de R$ 100 milhões de crédito rural
A operação reforça os esforços das autoridades em combater fraudes e crimes ambientais na região da Amazônia

Diamantino Junior
Publicado em: 16/10/2024 às 12:34 | Atualizado em: 17/10/2024 às 06:55
A Polícia Federal (PF) prendeu dois servidores do Incra e afastou outros quatro da Secretaria de Meio Ambiente e Mineração de Itaituba, no Pará, durante uma operação deflagrada nesta quarta-feira (16/10). A ação visa desarticular um esquema de fraudes em processos de crédito rural na Amazônia, corrupção e crimes ambientais, envolvendo R$ 100 milhões.
Além do Pará, a operação acontece no Mato Grosso e em Goiás, com três mandados de prisão e 17 de busca e apreensão.
Os envolvidos são suspeitos de desviar recursos destinados à exploração de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia Legal.
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A operação, que também ocorre nos estados de Mato Grosso e Goiás, cumpriu três mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão. A Justiça determinou ainda o sequestro de bens dos investigados, totalizando cerca de R$ 100 milhões.
As investigações indicam que uma empresa de regularização fundiária teria falsificado documentos para instruir processos de crédito rural, facilitando o financiamento de atividades ilegais.
Suspeitos de envolvimento em crimes ambientais teriam utilizado esses créditos para explorar áreas desmatadas ilegalmente, resultando na destruição de aproximadamente 5 mil hectares de floresta.
De acordo com a PF, a empresa envolvida corrompia servidores públicos em troca de decisões favoráveis, obtidas mediante o pagamento de propina.
As atividades da empresa foram suspensas, e ela está proibida de atuar no mercado de regularização fundiária.
Além disso, uma agência bancária, suspeita de conceder crédito para áreas embargadas por órgãos ambientais, também teve suas operações de financiamento rural interrompidas.
A operação reforça os esforços das autoridades em combater fraudes e crimes ambientais na região da Amazônia, especialmente no contexto de desmatamento ilegal e exploração indevida de recursos naturais.
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Foto: Vinícius Mendonça/Ibama