Amazônia: extração clandestina de madeira cresce 19% em um ano

Resultado equivale à perda diária de área de 350 campos de futebol.

Amazônia: extração clandestina de madeira cresce 19% em um ano

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 10/10/2024 às 15:54 | Atualizado em: 10/10/2024 às 15:54

A área com extração ilegal de madeiras nativas na Amazônia aumentou 19% em um ano, passando de 106 mil para 126 mil hectares.

De acordo com o Reset, todos os dias, a atividade ilícita é realizada numa área equivalente a 350 campos de futebol.

Dessa forma, os dados foram levantados pelo Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), mantido por uma rede de ONGs ambientais, e cobrem o período de agosto de 2022 a julho de 2023.

Nesse sentido, toram analisadas as atividades madeireiras em sete Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.

Assim, a conclusão se baseia na comparação de imagens de satélite com as licenças de exploração concedidas.

Sobretudo, a maior parte da exploração ilegal (71%) ocorreu em terras privadas, cujos proprietários são conhecidos e identificados em cadastros públicos.

Por exemplo, dos 650 imóveis rurais envolvidos, um grupo de 20 foi responsável por quase um terço dos crimes ambientais.

“O problema tem endereço conhecido”, diz Vinícius Silgueiro, coordenador de inteligência territorial do Instituto Centro da Vida (ICV), responsável pelo levantamento junto com Idesam, Imaflora e Imazon.

Em suma, grupos criminosos também invadiram terras indígenas, nas quais a exploração comercial de madeira não é permitida. Elas responderam por 16% das terras onde foi verificada atividade ilegal.

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Foto: divulgação/Exército Brasileiro