Pesquisadores da UEA monitoram qualidade da água do rio Negro
Em barco, expedição partiu de Manaus no dia 28 de setembro.

Adrissia Pinheiro, da redação do BNC Amazonas
Publicado em: 04/10/2024 às 17:44 | Atualizado em: 04/10/2024 às 17:58
O Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Amazonas, desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), saiu de Manaus no dia 28 de setembro para a quarta expedição científica de monitoramento da qualidade da água do rio Negro.
O barco Roberto Santos Vieira, construído em parceria com grupo empresarial Atem, levou equipe de sete pesquisadores e sete tripulantes.
Devido à seca extrema nos rios do Amazonas, a viagem deve durar 15 dias, período em que os pesquisadores realizarão as coletas.
A equipe pretende chegar até a cidade de Santa Isabel do Rio Negro, a 630 quilômetros de Manaus.
O barco conta com quatro laboratórios de pesquisa, onde os pesquisadores realizarão as análises da água a fim de evitar a degradação das amostras durante o longo trajeto.
O reitor da UEA, André Zogahib, disse:
“Estamos sendo pioneiros e unindo esforços de pesquisadores, cientistas e alunos. É um programa que monitora o sétimo maior rio do mundo em volume de água. Estamos ansiosos pelo retorno da expedição, para conhecer os resultados, as análises e ter maior entendimento sobre quais serão nossas próximas ações na preservação do meio ambiente”.
O professor Sérgio Duvoisin Júnior, coordenador e criador do programa, afirmou que a pesquisa servirá de base para futuros estudos.

“Esta é uma campanha importantíssima. Vamos acompanhar os parâmetros de qualidade de água durante o período que está sendo previsto para ser o da maior seca da história. Traremos informações que, no futuro, nos permitirão saber o que estava acontecendo nesta época”.
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Expedição anterior
Na campanha anterior, denominada “Iruri”, o grupo realizou um trajeto de 932 quilômetros de extensão, partindo de Manaus e seguindo até o município de Humaitá (distante 590 quilômetros de Manaus).
Ao longo do percurso, foram analisados 164 parâmetros de qualidade, por meio de 54 pontos de coleta.
A expedição foi batizada com esse nome justamente em homenagem aos povos nativos da região, que se referiam ao rio Madeira como Iruri, o rio que treme.
Para saber mais sobre as atividades, acesse o site do grupo de pesquisa.
Fotos: Gustavo Rodrigues/UEA/Secom