Prosai e Bolsa-Família são proibidos na campanha de candidatos em Parintins

Ministério Público barrou o uso promocional de programas de governos.

prosai parintins

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 19/09/2024 às 13:06 | Atualizado em: 19/09/2024 às 13:06

Os candidatos às eleições municipais de 2024 de Parintins não devem fazer uso promocional de ações do Governo do Estado relacionadas ao Programa de Saneamento Integrado de Parintins (Prosai) nem à lista de beneficiários do programa federal Bolsa-Família.

É o que recomenda o Ministério Público Eleitoral, por meio da 4ª Zona Eleitoral. A desobediência implica o risco de o ato do candidato se configurar como publicidade institucional. Trata-se, portanto, de atividade vedada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante os três meses que antecedem o pleito.

A recomendação, assinada pelo promotor eleitoral Ricardo Borges, reforça que o TSE também entende que a publicidade por um ente de outra esfera não autoriza a publicidade em benefício de candidato que participa das eleições.

O documento tem como destinatários o Governo do Amazonas, na pessoa do governador Wilson Lima, e os secretários estaduais de Defesa Civil, do Comitê de Enfrentamento à Estiagem, Eventos Climáticos e Ambientais e da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb).

“Considerando o recebimento de informações de grande movimentação sobre o Prosai Parintins e a situação de emergência no município, com necessidade de entrega de benefícios necessários à população necessitada, tudo em meio ao período eleitoral, surgiu a necessidade de garantirmos que a atuação regular do Governo do Estado não seja utilizada como propaganda eleitoral em favor ou desfavor de candidatos de Parintins”, afirmou o promotor.

Dessa maneira, as obras do Prosai tiveram início recentemente e a divulgação está em andamento na cidade.

Já no caso do Bolsa-Família, portanto, serão destinadas 4 mil cestas básicas e 800 caixas d’água de 500 litros a famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional, com renda per capita mensal de até R$ 418, residentes na zona rural de Parintins.

Assim, em caso de descumprimento, os agentes públicos ficam sob a advertência de sofrer medidas administrativas e ações judiciais contra os responsáveis.

“O propósito é garantir que não haja qualquer tentativa de burlar a legislação eleitoral”, disse Borges.

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Arte: UGPE/Governo do Estado do Amazonas