Carta aberta internacional apoia Brasil contra Elon Musk

Os intelectuais de diversos países que assinaram o documento e conclamam apoio ao Brasil defendem 'valores democráticos'

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Mariane Veiga

Publicado em: 17/09/2024 às 21:45 | Atualizado em: 18/09/2024 às 09:17

Mais de 50 acadêmicos e intelectuais de países como Argentina, França, EUA, Austrália, Reino Unido, Espanha, Suíça e Itália se reuniram em torno de uma carta aberta contra o bilionário Elon Musk e a favor do Brasil.

Eles criticam as pressões de Musk contra as leis brasileiras e conclama “todos aqueles que defendem valores democráticos” a apoiarem o país.

O documento, conforme publicação do jornal Folha de São Paulo, se tornou público nesta terça-feira (17).

A iniciativa é encabeçada por economistas de peso e autores internacionalmente reconhecidos por obras e pesquisas sobre big techs.

Os signatários se dizem profundamente preocupados com a soberania digital brasileira e com o fato de grandes empresas de tecnologia “operarem como governantes” diante da ausência de acordos regulatórios internacionais sobre seu funcionamento.

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Os autores ainda apontam que o caso brasileiro se tornou a principal frente no conflito travado entre grandes corporações de tecnologia e aqueles que buscam construir um espaço digital democrático.

“A disputa do Brasil com Elon Musk é apenas o mais recente exemplo de um esforço mais amplo para restringir a capacidade de nações soberanas de definir uma agenda de desenvolvimento digital livre do controle de megacorporações sediadas nos EUA”, afirma a carta aberta.

Assinaturas

Entre os que assinam a carta estão os economistas franceses Gabriel Zucman, Julia Cagé e Thomas Piketty, a filósofa e professora emérita da Harvard Business School Shoshana Zuboff, o ex-ministro da Economia da Argentina Martín Guzmán e o professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) Daron Acemoglu.

A economista italiana Francesca Bria, o economista político norte-americano e coordenador-geral da Progressive International, David Adler, a economista indiana Jayati Ghosh, o pesquisador e escritor bielorrusso Evgeny Morozov e o antropólogo Jason Hickel também endossam o documento.

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Foto: reprodução/vídeo