UEA testa máquinas portáteis de telemedicina no Amazonas

Os equipamentos devem facilitar o acesso à saúde onde a distância é um fator crítico na região.

UEA testa máquinas portáteis de telemedicina no Amazonas

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 06/08/2024 às 11:28 | Atualizado em: 06/08/2024 às 11:28

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) realizou teste de equipamentos portáteis de telemedicina que facilitam a prestação de saúde pública aos moradores de localidades distantes da capital Manaus.

Conforme a UEA, a ação se deu no dia 2 de agosto no projeto “Acessibilidade em saúde a partir da utilização do equipamento móvel de telessaúde”.

A vice-reitora da UEA, Kátia Couceiro, afirmou que a universidade tem colhido bons frutos por meio de projetos tecnológicos que ressaltam o potencial de fortalecimento da inovação tecnológica e científica.

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Capacitação

De acordo com a UEA, o projeto teve o objetivo de capacitar profissionais de saúde para atendimento com equipamentos portáteis de telemedicina.

O início dos estudos para o projeto foi com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e servidores da Secretaria de Saúde de Iranduba e médicos especialistas em dermatologia, oftalmologia, cardiologia e otorrinolaringologia da Fundação Hospital Adriano Jorge e de Iranduba.

A coordenadora do projeto, Giane Melo, disse que o estudo foi aprovado no comitê nacional de ética e a maleta com os equipamentos foi apresentada na Câmara dos Deputados.

Segundo a UEA, apenas uma foi disponibilizada para o teste no Brasil, ficando sob a responsabilidade da equipe de telessaúde do Amazonas.

Os equipamentos podem fazer ecocardiograma e ser utilizados por diversos profissionais de saúde.

“Ele é o nosso carro-chefe e é inédito no Brasil. É a primeira vez que o equipamento está sendo testado no país. Esperamos realmente que isso dê muitos frutos e consigamos, por exemplo, demonstrar que pode ser uma alternativa no atendimento da saúde da população”, disse Giane.

De acordo com a professora Adriana Taveira, o projeto é pioneiro. Segundo ela equipamento móvel de telessaúde é, sem dúvida, um marco não só para a saúde, mas para a qualidade da saúde do Amazonas e do país inteiro.

“Estamos começando a usar esse equipamento no Brasil e o grande diferencial dele é que, no único equipamento móvel e portátil, a gente consegue acoplar os mais diversos dispositivos. Isso permite uma telessaúde com transmissão de imagens, de informação a distância, todas em tempo real”.

A maleta será utilizada pela equipe do médico Paulo Holanda no Iranduba e por médicos do hospital Adriano Jorge, em Manaus.

Essa equipe vai dar apoio aos profissionais do interior do estado, acompanhando os pacientes em tempo real, como se estivessem presentes na unidade.

Ao mesmo tempo, os especialistas serão responsáveis pelo diagnóstico e laudo do paciente.

Segundo Holanda, a capacitação em telessaúde é um passo importante para ampliar as possibilidades de atendimento.

“O nosso projeto faz parte das atividades da UEA que consiste, basicamente, em iniciar a telessaúde em Iranduba, mas na tentativa de expandir isso para outros municípios do estado”.

Foto: divulgação