Idesam rompe com Observatório do Clima por causa da BR-319

O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), com sede em Manaus, comunicou autoridades e entidades ligadas à preservação e conservação ambiental, assim como instituições econômicas, como a Suframa, que rompeu com o Observatório do Clima.

Isso porque o observatório, coalizão de 120 organizações da sociedade civil brasileira, criada em 2001 para discutir mudanças climáticas, é contra a obra de pavimentação da BR-319.

Dessa forma, o Observatório do Clima é responsável, por exemplo, pela suspensão do licenciamento ambiental do Ibama, para reconstrução e asfaltamento do trecho central da BR-319, determinado pela Justiça do Amazonas no último dia 25 de julho.

Assim como a busca para derrubar projeto de lei, que tramita no Senado, em que torna a BR-319 um empreendimento de “interesse nacional”, facilitando a construção da obra e derrubando todos os entraves.

O Observatório do Clima também acusa intromissão ambiental, por parte do Ministério dos Transportes, a favor da pavimentação da Manaus-Porto Velho.

Então, por conta dos inúmeros ataques e manifestações contrárias ao asfaltamento da BR-319, o Idesam decidiu não mais fazer parte Observatório do Clima.

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A favor da BR-319

A nota pública, assinada pelo diretor de Inovação em Bioeconomia, Carlos Gabriel Koury, o Idesam diz que não é contra a BR-319.

Enquanto organização da sociedade civil, atua para promover o desenvolvimento social e econômico e a conservação de florestas na Amazônia brasileira.

“No caso da rodovia BR-319, o Idesam é a favor da repavimentação, através de um processo de licenciamento rigoroso e respeitando a legislação e suas salvaguardas sociais e ambientais”, diz o documento.

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Pró-licenciamento

A manifestação pública a favor da pavimentação da BR-319 e o comunicado de sua retirada do Observatório do Clima foram apresentados em reunião presencial do instituto.

“Isso demonstra as ações do Idesam na região do interflúvio Purus-Madeira, que confirmam o posicionamento pró-ordenamento territorial, desenvolvimento socioprodutivo e ações pró-licenciamento.

Bionegócios

O Idesam é um Programa Prioritário de BioNegocios, que atua na Amazônia Ocidental e Amapá, usando verbas da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus.

Desse modo, o instituto capta recurso junto às empresas do Amazonas/ZFM, que têm obrigações de investimentos no polo de informática. E a Suframa fiscaliza a execução desses projetos.

Foto: naestrada