Presidente do Solidariedade entra na lista vermelha da Interpol

Eurípedes Gomes Júnior, presidente do Solidariedade, é considerado foragido após operação da PF sobre desvios de fundos eleitorais. Mandados de prisão e apreensão foram cumpridos.

Diamantino Junior

Publicado em: 13/06/2024 às 18:12 | Atualizado em: 13/06/2024 às 18:12

O presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e considerado foragido desde a quarta-feira (12/6). Ele foi incluído na difusão vermelha da Interpol após não ter sido encontrado em casa pelos agentes e não ter comparecido ao aeroporto para uma viagem previamente marcada.

A operação investiga desvios de recursos dos fundos partidário e eleitoral do PROS nas eleições de 2022. O PROS foi incorporado pelo Solidariedade em 2023.

A Polícia Federal cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 46 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal. Além de Eurípedes, outros alvos de mandados de prisão foram:

Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade, que foi presa.

Alessandro, conhecido como Sandro do PROS, ex-candidato a deputado federal, que também foi preso.

Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital do Distrito Federal.

As investigações começaram após uma denúncia de Marcus Vinicius Chaves de Holanda, ex-presidente do PROS, que acusou Eurípedes Júnior de desviar cerca de R$ 36 milhões.

Na operação, os policiais tentam bloquear e indisponibilizar R$ 36 milhões e 33 imóveis ligados ao grupo.

Em Goiás, a Polícia Federal apreendeu R$ 26 mil em espécie e um helicóptero registrado em nome do PROS, supostamente adquirido com recursos públicos desviados.

A aeronave, modelo R66, teria custado R$ 2,4 milhões e era utilizada para fins particulares por Eurípedes Júnior, além de ser emprestada a amigos e familiares.

As investigações também se estendem à filha de Eurípedes, Jhennifer Hanna, ex-vice-presidente do PROS e atual secretária-executiva do Solidariedade.

Há indícios de que Jhennifer tenha utilizado dinheiro desviado do partido para financiar viagens internacionais, bolsas de estudo e cargos.

O juiz Lizandro Garcia, da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, autorizou a operação e destacou que Jhennifer mantém um estilo de vida incompatível com seus rendimentos declarados.

Essas investigações revelam possíveis irregularidades e uso indevido de recursos partidários, apontando para um esquema de desvio de fundos no âmbito do Solidariedade e do PROS.

Leia mais no g1