Justiça está à procura de Eduardo Bolsonaro por ofender professores
O STF tenta há seis meses intimar o filho “mais ideológico” de Bolsonaro

Mariane Veiga
Publicado em: 02/06/2024 às 08:51 | Atualizado em: 02/06/2024 às 08:56
O Supremo Tribunal Federal (STF) tenta há seis meses intimar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para responder a uma queixa-crime, mas sem sucesso, conforme publicou o blog do Noblat, neste domingo (2).
Em julho de 2023, Eduardo disse que “não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar nossos filhos para o mundo do crime”.
Dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo, o filho 03, é o “mais ideológico”, segundo a publicação.
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Foi o deputado Eduardo Bolsonaro que disse que para “fechar o Supremo bastariam um cabo e um soldado”.
Ele também viajou à Argentina e pediu asilo para os golpistas do 8 de janeiro. E mais recentemente, Eduardo disse, em suas redes sociais, que o Nordeste é a “pior região do país”.
O ministro bolsonarista Kassio Nunes Marques, relator do processo, em 23 de outubro do ano passado, abriu prazo de 15 dias para que Eduardo se manifestasse, o que não aconteceu.
Um mês e pouco depois, as oficiais da Justiça Federal Cristiane Oliveira e Doralúcia Santos apresentaram um relato detalhado das dificuldades que tiveram à caça de Eduardo.
Foram sete tentativas fracassadas de intimá-lo. Elas dizem que receberam “informações imprecisas” dos funcionários do deputado e que nunca conseguiram acesso a ele.
A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) pediu a Nunes Marques que faça a citação por hora certa, determinando um horário para que Eduardo receba a notificação judicial.
Paulo Gonet, procurador-geral da República, recomendou em 16 de maio último a aprovação do pedido de Luciene. Então, foi a vez de Nunes Marques não se manifestar, o que não aconteceu até o momento.
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Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados