Adélio vai deixar presídio e cabo testemunha da ‘facada’ diz ser perseguido

Policial preso diz que querem fazer com ele o mesmo que fizeram com Adélio: insano mental

Mariane Veiga

Publicado em: 29/05/2024 às 21:36 | Atualizado em: 29/05/2024 às 21:43

O policial militar Cleines Pinto de Oliveira, que já alegou ter salvo a vida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), denunciou um suposto plano para desacreditá-lo, como também “fizeram” com Adélio Bispo de Oliveira, segundo ele.

E essa não é a única novidade envolvendo o caso Adélio Bispo, que poderá, finalmente, passar para a tutela de uma das irmãs, Maria das Graças Ramos de Oliveira.

Preso em um batalhão de Minas Gerais, sob acusação de participar do assassinato de uma mulher, Cleines Pinto tenta comparar a sua situação com a do acusado de atentar contra Bolsonaro.

“Na realidade, o que fizeram (com Adélio) tão tentando fazer comigo agora, entendeu? Tão tentando me tornar alienado mental para poder invalidar toda a minha fala e perante tudo o que tá acontecendo, e desde então tenho sofrido diversos assédios morais, perseguições, falsas acusações de crimes, de maneira vil, tô preso há 200 dias no 26o. Batalhão, por um (inaudível) crime o qual eu não cometi, e tive que responder a diversos processos os quais eu também não cometi, simplesmente por querer exigir, porque logo após a minha intervenção nesse fatídico dia 6 de setembro de 2018, resultou na minha precoce e fraudulenta transferência para a inatividade da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, culminando aí na minha perda da minha profissão, à qual eu sempre dediquei e sonhei um dia fazer parte”, disse.

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Cleines não entrou em detalhes, e explicou que falava do telefone, cercado de policiais que fazem a segurança do cárcere militar. No entanto, essa não é a primeira vez que o nome de Cleines aparece no caso. 

Em maio de 2020, o advogado Frederick Wassef, ligado a Bolsonaro, deu entrevista à TV Bandeirantes e disse que Cleines era uma testemunha que podia ligar o fato de Juiz de Fora ao Partido dos Trabalhadores.

O cabo foi procurado pelo delegado Rodrigo Morais, mas disse que não tinha nenhuma informação que implicasse o PT. 

Na época, segundo relato da PF, Cleines já estava afastado da PM por incapacidade definitiva e plena. A acusação de participação no homicídio foi posterior.

Em imagens gravadas pelo celular e postadas na internet, Cleines mostrou que estava a poucos metros de distância de Adélio minutos depois do episódio, ambos no segundo andar de um prédio no calçadão da Halfeld, em Juiz de Fora.

Contato Bolsonaro

Cleines tinha tido contato com Bolsonaro antes do evento de Juiz de Fora, conforme mostram suas postagens. 

Candidato a deputado pelo PSL em 2018, esteve em Brasília em julho do mesmo ano, onde se encontrou com Bolsonaro e também com o deputado Marcelo Álvaro Antônio, organizador do ato de campanha em Juiz de Fora.

Depois de 6 de setembro, ele esteve no Rio de Janeiro e postou fotos com Eduardo e Carlos Bolsonaro.

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Foto: Divulgação/PF