No G20, homicídios e pobreza puxam Brasil para baixo entre países
Estudo do IBGE destaca desafios e conquistas do Brasil no G20, com ênfase em indicadores como homicídios, pobreza, participação feminina e mercado de trabalho.

Diamantino Junior
Publicado em: 09/04/2024 às 20:24 | Atualizado em: 09/04/2024 às 20:24
A complexa realidade brasileira apresenta indicadores contrastantes na comparação com países que compõem o G20, o grupo das principais economias do mundo. Segundo o estudo “Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20”, divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (9/4), o Brasil se destaca tanto positiva quanto negativamente em diversos aspectos.
Uma das preocupações centrais é a alarmante taxa de homicídios, onde o Brasil figura entre os piores colocados, com registros alarmantes em comparação aos países do grupo.
Esse cenário se destaca especialmente entre jovens e mulheres, refletindo uma desigualdade no acesso à segurança.
Outro ponto sensível é a proporção da população vivendo abaixo da linha de pobreza internacional, uma realidade que, apesar de algumas melhorias recentes, ainda coloca o Brasil entre os líderes negativos do G20.
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Por outro lado, o país se destaca na participação feminina em cargos de gestão, embora ainda enfrente desafios significativos na representatividade política das mulheres.
No âmbito do mercado de trabalho, o estudo revela um quadro complexo de desemprego e informalidade, com o Brasil situado em uma posição intermediária entre os países emergentes e as economias desenvolvidas.
O acesso à educação também é destacado, com o país apresentando uma taxa razoável de conclusão do ensino médio, embora ainda abaixo de outros membros do G20.
Esses dados fornecem um panorama importante para as discussões no âmbito do G20, onde o Brasil atualmente exerce a presidência rotativa.
A presença de tais indicadores reflete os desafios enfrentados pelo país em seu papel de liderança global, destacando a necessidade de abordagens integradas para enfrentar essas questões complexas e urgentes.
O estudo destaca a importância de se compreender as sinergias entre a Agenda 2030 e o G20, fornecendo uma base sólida para as discussões sobre desigualdades e desenvolvimento sustentável no contexto internacional.
À medida que o Brasil lidera o G20, esses dados assumem uma relevância ainda maior, guiando as decisões e iniciativas destinadas a promover um futuro mais justo e equitativo para todos os países membros e além.
Foto: EBC