Michelle Bolsonaro segue passos do marido e espalha fake news
Ex-primeida-dama acusa o ministro do STF Flávio Dino de zombar de sua fé durante operação da PF e nega acusações sobre móveis do Palácio do Alvorada.

Diamantino Junior
Publicado em: 07/04/2024 às 14:55 | Atualizado em: 07/04/2024 às 14:55
Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticou o ministro do STF Flávio Dino, acusando-o de zombar de sua fé durante a operação Lucas 12:2 da Polícia Federal (PF), que investigou a venda de joias por aliados do marido.
Segundo Michelle, a escolha do nome da operação teria sido feita pelo ex-ministro da Justiça para ridicularizar sua crença religiosa.
Mas a escolha dos nomes das operações da PF são de responsabilidade das equipes envolvidas e não é prerrogativa do ministro definir nomes.
Durante um encontro do PL Mulher em Alagoas, Michelle alertou sobre os versículos bíblicos usados na operação, enfatizando que “tudo que está oculto será desvendado”.
O versículo Lucas 12:2, que inspirou o nome da operação, diz: “mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido”.
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Esta não é a primeira vez que Michelle e seu marido atacam sem ter conhecimento, espalhando fake news. No governo Bolsonaro a desinformação cresceu em patamares alarmantes.
Durante o evento, Michelle também abordou o caso do reaparecimento de móveis do Palácio do Alvorada, negando as acusações feitas por Janja Lula da Silva, primeira-dama na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, de que teria levado móveis da residência.
Ela afirmou possuir registros e arquivos que comprovam a situação dos móveis.
Vaga de moro
egundo fontes da alta cúpula do Partido Liberal (PL), o nome de Michelle Bolsonaro não consta na lista de candidatos da sigla para ocupar a vaga de Sergio Moro, caso o senador seja cassado na ação que se inicia nesta segunda-feira (1º/4) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
A razão é clara: a ex-primeira-dama não manifestou interesse, segundo as fontes.
O representante do PL será o ex-deputado Paulo Martins, que ficou em segundo lugar nas últimas eleições, perdendo para Moro.
Martins é um dos articuladores internos do PL no processo de cassação.
Nos outros partidos, a disputa pela vaga ainda não aberta está em andamento.
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Foto: Alan Santos/PR