Israel retira maioria das tropas, mas mantém presença em Gaza

Após meses de combates, as Forças de Defesa de Israel retiraram suas tropas de Khan Younis, no sul de Gaza.

Israel retira maioria das tropas, mas mantêm presença em Gaza

Diamantino Junior

Publicado em: 07/04/2024 às 12:48 | Atualizado em: 07/04/2024 às 12:48

Após seis meses de combates, Israel anuncia a retirada de suas forças terrestres de Khan Younis, no sul de Gaza.

A 98ª divisão das Forças de Defesa de Israel (IDF) concluiu sua missão na região e deixou a Faixa de Gaza para recuperar-se e preparar-se para futuras operações.

No entanto, uma “força significativa” liderada pela 162ª divisão e pela brigada Nahal permanece em outras áreas da faixa, informa comunicado das Forças Armadas.

A razão por trás da retirada não foi comentada pela IDF quando questionada pela CNN, levantando especulações sobre o plano de Israel para invadir Rafah, uma área densamente povoada no sul de Gaza que até então havia escapado dos combates no terreno.

Segundo informações da emissora pública israelense, Channel 11, as forças restantes estariam posicionadas ao longo do Corredor Netzarim, uma rota estratégica que divide a Faixa de Gaza e cria uma junção central ao cruzar uma das principais estradas norte-sul, a Rua Salaheddin.

A IDF relatou que suas unidades de comando invadiram e pesquisaram mais de 100 locais no bairro Al-Amal de Khan Younis, onde afirmam ter encontrado “infraestrutura terrorista” em todos os locais pesquisados, incluindo um túnel de aproximadamente 900 metros de comprimento.

Os militares israelenses alegaram ter “eliminado terroristas” durante essa operação, embora tais alegações não possam ser verificadas de forma independente pela CNN.

Mundo pedia

Em documento de repúdio a Israel, 23 países se uniram ao Brasil pedindo o cessa-fogo imediato em Gaza. Com isso, exige a libertação de todos os reféns que estão com o Hamas desde 7 de outubro.

Trata-se, portanto, de uma declaração conjunta de 24 países que integram a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).

Dessa forma, o documento assinado ontem (2) amplia o clamor da comunidade internacional também por uma efetiva entrada de ajuda humanitária para reverter uma situação definida como “catastrófica”.

Nesse sentido, o texto é assinado pelos chefes de Estado e de Governo de Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, Dominica, República Dominicana, Granada, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago e República Bolivariana da Venezuela. Todos estiveram reunidos na última sexta em São Vicente e Granadinas durante a VIII Cúpula da CELAC.

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Foto: Avi Ohayon/via fotospúblicas