‘Gravíssimo’, diz ministra do STF do plano de golpe de Bolsonaro

Para Cármen Lúcia, nem pensar em anistia aos golpistas contra a democracia

CLIMA PAÍS PREOCUPA SUPREMO CARMEN LUCIA

Mariane Veiga

Publicado em: 13/03/2024 às 22:10 | Atualizado em: 13/03/2024 às 23:14

Em entrevista à GloboNews, nesta quarta-feira (13), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen classificou como gravíssima a tentativa de golpe de Estado durante o governo Jair Bolsonaro(PL).

“São tempos muito doentes, em que a democracia, que foi uma conquista da humanidade nesse caminhar nosso […] que isso seja usado em detrimento e contra as próprias pessoas.”

Cármen Lúcia não citou nomes ou investigados específicos, mas fez referência ao fato de que a chamada “minuta do golpe” e a prisão de ministros do STF.

“Sobre essas mentiras todas criadas – e no caso de golpe, que é gravíssimo. […] E só estamos falando disso porque o golpe não deu certo. Se tivesse [dado certo], eu por exemplo seria um dos alvos preferenciais”, disse a ministra.

Leia mais

Bolsonaro fez pelo menos 5 reuniões do golpe de Estado, entrega Cid

A ministra também disse acreditar que a educação e a informação são importantes para reforçar, na sociedade, a ideia de que a democracia é “o primeiro dos direitos fundamentais”. Ou seja: fundamental para garantir que os cidadãos tenham acesso aos outros direitos.

“Se não tiver a democracia, a gente não tem liberdade, garantia de dignidade, mesmo os direitos que já foram reconhecidos constitucionalmente. É preciso que haja um Poder Judiciário para te contar e te garantir isso”, disse.

“Esta situação não é superficial. Não é ‘não vou falar de democracia, porque nem tenho emprego’. Eu não tenho emprego porque não tenho democracia que me garantiu as condições para que eu conquistasse esse trabalho e esse emprego” concluiu.

Leia mais no G1.

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF