PF avança na investigação do ouro que levou dono do PL à prisão

A Polícia Federal concluiu que a pepita de ouro apreendida na casa de Valdemar Costa Neto não é de origem brasileira, indicando possíveis garimpos nos Estados Unidos ou nos Andes, no Chile.

Diamantino Junior

Publicado em: 13/03/2024 às 15:53 | Atualizado em: 13/03/2024 às 15:53

A Polícia Federal (PF) avançou na análise da pepita de ouro encontrada na residência do ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, durante uma operação que investiga um suposto núcleo golpista ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo informações do jornal O Globo desta quarta-feira (13/3), os peritos concluíram que a pepita não é de origem brasileira, com base em suas características geológicas. Inicialmente suspeitava-se que o ouro pudesse ter sido extraído de um garimpo ilegal na Amazônia, porém essa hipótese foi praticamente descartada.

A pepita apreendida, de acordo com a perícia, parece ser proveniente de uma formação geológica mais recente, indicando possíveis garimpos nos Estados Unidos ou nos Andes, no Chile.

Além disso, os peritos concluíram que a pepita foi extraída de um garimpo artesanal, devido ao seu tamanho e integridade, características que a diferenciam do ouro minerado em escala industrial.

A análise também sugere que a pepita é rara e possivelmente um item de colecionador.

Um acelerador de partículas será utilizado para determinar sua origem exata.

Em relação ao valor, a pepita foi avaliada em 11,6 mil reais, pesando 39 gramas e medindo menos de 5 centímetros, sendo composta por quase 92% de ouro.

Vale ressaltar que a operação que resultou na apreensão da pepita levou Valdemar Costa Neto à prisão, após ser descoberto que ele mantinha uma arma de forma ilegal em sua casa.

Ele é um dos suspeitos de envolvimento em uma suposta trama golpista articulada para manter Bolsonaro no poder após a derrota para o presidente Lula em 2022.

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Foto: Natanael Alves/PL