Covid: PF vai indiciar Bolsonaro e Cid por fraude em cartões da vacina

A Polícia Federal está prestes a indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, por envolvimento na falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19.

Polícia Federal deve indiciar Jair Bolsonaro e Mauro Cid por falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19.

Diamantino Junior

Publicado em: 05/03/2024 às 13:10 | Atualizado em: 05/03/2024 às 13:10

A Polícia Federal (PF) está prestes a indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, no caso da falsificação dos cartões de vacina contra a Covid-19.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pela CNN, a expectativa é que esse indiciamento ocorra ainda na primeira quinzena de março, segundo fontes ligadas à investigação.

A PF está investigando uma associação criminosa que teria realizado registros falsos de doses contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde para diversas pessoas, incluindo Bolsonaro e Mauro Cid. Segundo as investigações, o tenente-coronel teria iniciado o esquema para forjar um certificado físico de vacinação para Covid-19 para a esposa.

Mauro Cid ficou detido por 116 dias devido a este caso, porém foi solto após fechar um acordo de colaboração premiada que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em sua delação, o ex-ajudante de ordens afirmou à PF ter “cumprido ordens”.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro nega veementemente o envolvimento do político nesse esquema de falsificação de cartões de vacina.

No entanto, a investigação prossegue e as autoridades policiais estão se preparando para formalizar os indiciamentos dentro das próximas semanas.

Esse desdobramento coloca mais pressão sobre Bolsonaro e sua equipe, além de agravar a crise política em torno de seu governo.

A acusação de envolvimento em um esquema criminoso relacionado à pandemia da Covid-19 pode ter sérias repercussões tanto legalmente quanto politicamente, aumentando a tensão em um cenário já conturbado.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil