Esquerda organiza ato que vai pedir prisão de Bolsonaro em público

Ideia é dar uma resposta ao morno evento bolsonarista, em uma mobilização pró democracia

Ferreira Gabriel

Publicado em: 27/02/2024 às 18:49 | Atualizado em: 27/02/2024 às 18:49

Partidos e Movimentos da esquerda preparam ato para o dia 24 de março a favor da democracia e pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A manifestação foi reafirmada em reunião entre as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, junto com movimentos como União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e as siglas PT, PCdoB e Psol.

O pedido de prisão do ex-presidente é uma espécie de resposta à manifestação bolsonarista do último domingo (25).

Marcado desde o Seminário Conjunto das Frentes, que aconteceu no início de fevereiro, o Dia Nacional de Mobilização, além de estabelecer a defesa da democracia em data alusiva aos 60 anos do início do Regime Militar (1964-1985), também terá em pauta um pedido de prisão para o ex-chefe do Executivo.

A inserção desta demanda à manifestação se deu a partir dos desdobramentos da Operação Tempus Veritatis, que apura tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro e ex-ministros. 

A vice-presidente da UNE Daiane Araújo explica que é fundamental associar a memória da ditadura com a punição para golpistas.

“Estamos convocando um dia nacional de mobilização no dia 24. Mas a data já estava prevista mesmo antes do ato bolsonarista ser convocado, como um dia de luta em defesa da democracia. Neste ano faz 60 anos do golpe de 64 e achamos que é fundamental vincular a pauta da verdade, memória e justiça com a punição dos golpistas”. 

Os organizadores do ato devem lançar um manifesto em defesa da democracia. Na última semana, parlamentares, autoridades e representantes da sociedade civil, lançaram um manifesto intitulado “O Brasil escolheu a Democracia”. O documento contou com mais de 120 assinaturas de representantes da sociedade civil, incluindo a UNE, o MST, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). 

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