Mossoró: no calcanhar dos fugitivos, polícia acha celular
A força-tarefa trabalha na captura de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, membros do Comando Vermelho que fugiram do presídio federal de Mossoró.

Diamantino Junior
Publicado em: 27/02/2024 às 12:27 | Atualizado em: 27/02/2024 às 12:27
A força-tarefa que atua na captura de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, membros do Comando Vermelho (CV) que escaparam do presídio federal de Mossoró (RN) no dia 14 de fevereiro, encontrou um celular em uma trilha próxima ao local onde a dupla se escondeu. O aparelho, sujo de lama e sem chip, pode conter informações cruciais para desvendar a rede de apoio que tem auxiliado os foragidos em sua fuga.
Até o momento, cinco pessoas foram presas, incluindo o dono de uma propriedade na zona rural de Baraúna (RN) que serviu de esconderijo para Rogério e Deibson. O homem, segundo a Polícia Federal (PF), forneceu abrigo, alimentos e outros itens aos fugitivos.
Esperança em pistas digitais
A perícia do celular encontrado é a principal esperança dos investigadores para identificar e capturar os comparsas que estão ajudando a dupla. O aparelho, roubado em Baraúna no dia 22 de fevereiro, pode conter mensagens, fotos e outros dados que revelem a localização dos foragidos ou o plano de fuga traçado por seus cúmplices.
Fuga cinematográfica
Rogério e Deibson escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró por um buraco na parede da cela, utilizando ferramentas da obra que ocorria na unidade. A fuga, ocorrida por volta das 3h30 da madrugada, não foi registrada pelas câmeras de segurança do presídio, que estavam inoperantes.
Segurança em xeque
A fuga dos dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, inaugurada em 2009 e considerada de segurança máxima, levanta questionamentos sobre a fragilidade do sistema prisional brasileiro. A falta de câmeras de segurança em funcionamento e a presença de ferramentas em uma obra dentro da unidade demonstram falhas que precisam ser corrigidas para evitar novas fugas e garantir a segurança da sociedade.
Reforço nas buscas
As autoridades policiais intensificaram as buscas por Rogério e Deibson em todo o Rio Grande do Norte. A recompensa oferecida por informações que levem à captura dos foragidos foi aumentada para R$ 50 mil cada.
Ação conjunta
A força-tarefa que atua na captura dos foragidos é composta por policiais federais, rodoviários federais, civis e militares do Rio Grande do Norte. A colaboração da população com informações sobre o paradeiro de Rogério e Deibson é fundamental para o sucesso das buscas.
A fuga de Rogério e Deibson escancara as falhas do sistema prisional brasileiro e evidencia a necessidade de investimentos em segurança e tecnologia para evitar que crimes como este se repitam.
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Foto: reprodução