Amazonas é top no país onde ricos estão cada dia mais ricos

Estado só perde para os milionários do agro. Crescimento da fortuna foi de 122%.

Em sigilo, chineses sondam polo industrial da ZFM após tarifaço de Trump

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas  

Publicado em: 25/01/2024 às 09:16 | Atualizado em: 25/01/2024 às 09:40

Estudo que circula na mídia nacional há uma semana revela que o Amazonas está no topo dos estados que viram seus ricos ficarem ainda mais riscos nos últimos anos.

O estudo delimita esse crescimento no período de 2017 a 2022.

O levantamento consta do Observatório de Política Fiscal da Fundação Getúlio Vargas, sob responsabilidade do economista Sérgio Gobetti.

De acordo com ele, a renda do privilegiado grupo da população de 0,01% mais rico do Amazonas cresceu 122% no período. Os habitantes do estado de 62 municípios são quase 4 milhões, de acordo com censo do IBGE de 2022.

Esse crescimento, conforme o observatório, coloca o Amazonas no segundo lugar onde a renda dos ricos mais cresceu.

Assim sendo, o Amazonas ficou atrás apenas de Mato Grosso do Sul, que registrou crescimento de renda de 131%. Mas, ficou à frente de Mato Grosso, onde ricos saltaram 115% em renda.

Ambos os estados do Centro-Oeste são de milionários do agronegócio.

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Nessa semana da publicação do levantamento, a posição do Amazonas passou despercebida da mídia nacional.

A cobertura, portanto, focou na concentração de renda do agronegócio.

Justifica-se porque, dos cinco primeiros do ranking, quatro são estados fortes no agro: além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e o Amazonas.

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O Amazonas destoa desse perfil porque tem seu perfil fortemente atrelado à preservação do meio ambiente. E por isso se gaba de ter mais de 95% da sua floresta em pé.

A economia do estado é ancorada na indústria.

Dessa forma, pode-se levantar como hipótese que a razão dessa riqueza passa pelo polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Conforme a Suframa (Superintendencia da ZFM), a previsão de faturamento no fechamento de 2023 é de R$ 174 bilhões.

Foto: BNC Amazonas