PF investiga monitoramento indevido de cidadãos

Clandestinamente, os investigados usavam técnicas próprias de investigação policial sem autorização judicial

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Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas*

Publicado em: 25/01/2024 às 06:12 | Atualizado em: 25/01/2024 às 06:12

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de hoje (25), a Operação Vigilância Aproximada para investigar organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

É que os investigados monitoravam ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. Com isso, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Dessa forma, policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão. Assim como, a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.

As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).

Segundo a Polícia Federal, a operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em 20/10/2023.

As provas obtidas a partir das diligências executadas pela PF à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na ABIN.

Nesse sentido, utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático.

E, como resultado, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal.

Assim, os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

*Com informações da Polícia Federal

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Foto: divulgação/PF