Juiz do TRF-1 livra ex-chefe da Funai na execução de Bruno e Dom
Para a PolÃcia Federal, Xavier tem responsabilidade nos crimes. Decisão de desembargador foi muito criticado

Publicado em: 19/01/2024 Ã s 17:48 | Atualizado em: 22/01/2024 Ã s 12:52
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, passou a ser alvo de ataques nas redes sociais por conta do habeas corpus que concedeu em favor do ex-presidente da Funai no governo Bolsonaro, delegado Marcelo Xavier.
Xavier foi acusado no inquérito da PolÃcia Federal, como um dos responsáveis pelo assassinatos de Bruno e Dom Phillips por sua “omissão nas devidas medidas de proteção que deveria ter adotado na proteção dos servidores que tinham o dever de fiscalizar crimes ambientais em Terras IndÃgenas”.
Apesar disso, a decisão de Ney Belo não absolve o governo Bolsonaro de qualquer crime cometido e diz apenas sobre Direito Penal: não se pode acusar alguém de duplo homicÃdio sem que a PolÃcia mostre um vÃnculo direto com o crime.
Nesse cenário, a questão é que a insegurança não era uma informação exclusiva do presidente da Funai. Muito menos a omissão foi apenas dele. A própria PolÃcia Federal havia sido alertada do quadro de insegurança e nada foi feito. Nenhum policial da Delegacia de Tabatinga, para onde as denúncias foram encaminhadas, está indiciado por duplo homicÃdio. E nem era necessária denúncia para a PolÃcia Federal estar ciente do perigo: em 2019, o trabalhador da Funai Maxciel Pereira dos Santos foi assassinado na mesma região.
O inquérito sobre a morte estava parado na época do duplo homicÃdio.
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Foto: Mário Vilela/Funai