Covid: fraude no contrato de vacina dá multa de R$ 27 milhões

CGU apontou irregularidades na compra de R$ 1,6 bilhão que Bolsonaro tentou fazer via ministério

Ferreira Gabriel

Publicado em: 19/01/2024 às 13:01 | Atualizado em: 19/01/2024 às 13:01

CGU (Controladoria-Geral da União) aplicou multas de R$ 27 milhões a três empresas por suspeitas de irregularidades em contratos do Ministério da Saúde para entregas da vacina indiana Covaxin, contra a Covid, e de medicamentos usados no tratamento doenças de doenças raras.

No caso que envolve a vacina, a Controladoria decidiu cobrar R$ 3,8 milhões da Precisa Medicamentos por suposto uso de documentos forjados, carta de fiança falsa, entre outras irregularidades, para fechar contrato de R$ 1,6 bilhão durante a pandemia. O órgão ainda multou em R$ 1,5 milhão o Fib Bank, que forneceu a carta.

Já a Global Gestão em Saúde, que é sócia da Precisa, recebeu punição de R$ 21,7 milhões após a CGU considerar que houve fraude em licitação, em 2017, e na execução de contratos de R$ 20 milhões para entrega de medicamentos de alto custo.

A CGU decidiu impedir as três empresas de fechar novos contratos com a administração pública por no mínimo dois anos. Neste período, devem comprovar “o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário e a superação dos motivos determinantes da punição”.

Leia mais na matéria de Mateus Vargas na Folha de S. Paulo

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Foto: Divulgação/Ministério da Saúde