Relatório sobre fim do contrato da Amazonas Energia sai neste mês

Ministério busca um novo modelo de concessão após a extinção declarada no fim de 2023

Sinésio será homenageado no Parlamento Amazônico

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 17/01/2024 às 22:26 | Atualizado em: 18/01/2024 às 06:36

O futuro da distribuição de energia elétrica no Amazonas pode começar a ser definido a partir da próxima semana. O Ministério de Minas e Energia prorrogou a entrega do relatório de grupo de trabalho criado após o governo federal declarar o fim do contrato de concessão da Amazonas Energia em novembro de 2023.

Ao mesmo tempo, o ministério busca um modelo que evite a retomada da concessão por caducidade, conforme recomendado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no final de 2023.

Investidores, contudo, não estariam enxergando atrativos para assumir o controle dessa concessão no Amazonas, que está nas mãos do empresário Orsine Oliveira.

Conforme tem manifestado na mídia nacional, o governo precisaria fazer ajustes nessa concessão. Neste início do ano, o banco BTG Pactual teria demonstrado interesse nas ações da Amazonas Energia.

A alta dívida da concessionária, igualmente, é outro problema que preocupa investidores. Hoje, conforme divulgado, a Amazonas Energia deve quase R$ 10 bilhões, sendo 7 bilhões só para a Eletrobrás, seu maior credor.

É, portanto, abacaxi que um futuro controlador da Amazonas Energia quer resolvido. A caducidade da concessão, contudo, pode deixar esse prejuízo nas mãos da Eletrobrás, avaliam especialistas.

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Conclusões de CPI

De acordo com o deputado Sinésio Campos (PT), que preside comissão da Assembleia Legislativa (ALE-AM) sobre mineração, gás e energia, ele obteve essa informação do adiamento do relatório do próprio grupo de trabalho.

Nesta segunda (15), Campos teve encontro em Brasília com membros desse grupo do ministério. Entre outras informações, o deputado entregou conclusões de CPI que investigou a Amazonas Energia no ano passado.

Foto: divulgação