Casal confessa ocultação do corpo de venezuelana em Presidente Figueiredo

O corpo de Julieta Hernández foi encontrado na sexta-feira (5), enterrado em uma área de mata na cidade de Presidente Figueiredo.

Artista venezuelana: casal confessa ocultação do corpo da artista

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 08/01/2024 às 05:56 | Atualizado em: 08/01/2024 às 08:09

O auxiliar de serviços gerais Thiago Agles da Silva (31) e a autônoma Deliomara dos Anjos Santos (29) foram presos sábado (6) por suspeita de assassinar a artista circense venezuelana, Julieta Hernández Martinez (38).

Conforme divulgou a Folha de S.Paulo, teria confessado em depoimento a ocultação do cadáver da vítima, de acordo com o boletim de ocorrência do caso.

Segundo a publicação, eles também trocaram acusações sobre a autoria do crime, com versões conflitantes sobre as circunstâncias do assassinato.

Dessa forma, a Polícia Civil do Amazonas confirmou no sábado (6) a morte de Julieta. O corpo da artista foi encontrado na sexta-feira (5), enterrado em uma área de mata na cidade de Presidente Figueiredo (117 km de Manaus).

Assim, em depoimento à polícia, o casal confirmou que Julieta pernoitou na sede do Espaço Cultural Mestre Gato.

Sobretudo, a residência é usada como uma espécie de ponto de apoio para viajantes e andarilhos que transitam pela rodovia BR-174.

Thiago e Deliomara afirmaram que vivem de favor no local, com anuência do dono, e cobram R$ 10 de diária para viajantes que se hospedam na área externa da casa, onde dormem em redes.

Além disso, disseram que Julieta teria procurado abrigo no local em 21 de dezembro.

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Depoimentos

Ainda de acordo com a Folha, em depoimento à polícia, Deliomara afirmou que Thiago estava sob efeito de álcool de crack e propôs que ambos roubassem o celular de Julieta, que dormia na área externa da casa.

Então, ela disse que o companheiro pegou uma faca, seguiu até a rede onde estava Julieta. Ele teria ameaçado, enforcado e arrastado a artista para dentro da casa.

Com a vítima desacordada, ele ordenou à companheira que amarrasse as mãos e pés de Julieta e ela teria obedecido.

Como resultado, eempos depois, após a artista ter acordado, Thiago teria abusado sexualmente da artista venezuelana.

Deliomara afirmou que, ao avistar o marido estuprando a vítima, sentiu raiva, despejou álcool em cima dos dois e acendeu o fogo com um isqueiro, causando queimaduras em ambos.

Ainda de acordo com ela, Thiago conseguiu apagar o fogo e voltou a enforcar Julieta, que teria mais uma vez desmaiado.

Depois disso, ele saiu de casa, seguiu para um hospital da cidade para tratar das queimaduras e ordenou que a esposa enterrasse o corpo da artista, no que ela teria obedecido.

Thiago Agles da Silva, por sua vez, deu uma versão diferente em depoimento à polícia e nega as acusações de roubo, estupro e assassinato de Julieta.

Por outro lado, Thiago dá outra versão sobre o fato.

Ele afirma que na noite de 22 de dezembro estava usando álcool e drogas e que Julieta havia se juntado a ele. Ao ver o marido com a artista, Deliomara despejou álcool e ateou fogo nos dois.

Por conseguinte, afirmou Thiago, ele teria saído da casa para procurar atendimento médico no hospital municipal de Presidente Figueiredo. De lá, foi transferido para Manaus, em virtude da gravidade das queimaduras.

Desse modo, teve alta apenas em 28 de dezembro e, ao voltar para casa, teria ouvido da esposa que Julieta havia morrido. Com isso havia enterrado o corpo em uma cova rasa, em uma área de mata nos fundos da casa.

como resultado, ele disse que ajudou a ocultar os pertences e a bicicleta que pertencia à artista.

Leia mais em Folha de S.Paulo.

Foto: reprodução/redes sociais