Sem Aras e Lindôra, PGR vai se manifestar ao STF sobre Bolsonaro na covid

Ministro do STF anulou uma decisão da Justiça Federal em Brasília que arquivou parcialmente apuração contra o ex-presidente e aliados

Mariane Veiga

Publicado em: 05/01/2024 às 20:37 | Atualizado em: 05/01/2024 às 20:46

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, mais uma vez, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre investigação de supostas irregularidades e omissões envolvendo integrantes do governo Jair Bolsonaro (PL) durante a gestão da pandemia da covid-19.

Em junho, Mendes anulou uma decisão da Justiça Federal em Brasília que arquivou parcialmente essa apuração e fixou que a PGR, a partir do relatório produzido pela Polícia Federal, reavaliasse se há indícios de crimes nas condutas de Bolsonaro, Eduardo Pazuello, Fabio Wajngarten e outros.

No fim de setembro, a então vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, enviou parecer ao Supremo defendendo que tivesse continuidade a apuração envolvendo Wajngarter por prevaricação e epidemia com resultado morte.

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A PGR considerou que há indícios de suposta omissão do ex-secretário em informar à população sobre medidas para diminuir as chances de contrair covid e da campanha institucional de nome “O Brasil não pode parar”.

Na época, a Procuradoria também defendeu o arquivamento de parte dos fatos envolvendo Bolsonaro.

Em decisão sigilosa do dia 19 de dezembro, Mendes devolveu o caso para nova análise da PGR.

O ministro entendeu que é preciso que a Procuradoria se manifeste novamente, de forma conclusiva e detalhada, sobre a situação de cada um dos citados nos fatos.

Agora, a conduta dos integrantes do governo Bolsonaro será analisada pelo novo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República