8 de Janeiro: Gilmar Mendes não tem dúvida que Bolsonaro é o responsável
A declaração contrasta com a do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de que "não havia um líder com quem negociar" no 8 de janeiro de 2023

Ferreira Gabriel
Publicado em: 05/01/2024 às 19:32 | Atualizado em: 05/01/2024 às 19:34
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse em entrevista à Agência France Presse (AFP), que os atos golpistas do 8 de janeiro implicou diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A intentona resultou na depredação das sedes da corte, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
“A responsabilidade política [de Bolsonaro] é inequívoca”, disse o ministro, ressaltando que mede suas palavras para se referir ao ex-presidente pois o processo ainda “está em julgamento”.
A declaração contrasta com a entrevista do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que foi criticado por Lindbergh Farias (PT-RJ) ao admitir que setores das Forças Armadas apoiavam o golpe, mas ressaltou que “não havia um líder com quem negociar” no 8 de janeiro de 2023.
“Essa fala é quase a defesa de uma anistia prévia da cúpula golpistas, de militares envolvidos na trama e do próprio Jair Bolsonaro”, criticou o deputado petista.
Além de implicar o ex-presidente, Mendes afirmou que, durante seus quatro anos de governo, Bolsonaro “incentivava algum tipo de anarquia, especialmente no que diz respeito às forças policiais”.
“Acredito até mesmo que os militares não retiraram esses invasores, manifestantes [dos prédios] por conta de algum estímulo que havia por parte da própria Presidência da República”, afirmou.
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Foto: Marcello Casal Jr/ AgBr