Ministra Marina Silva volta ao Amazonas, agora para fazer polÃtica
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima virá ao Estado para o lançamento da "bancada do cocar", visando 2024 e 2026

Neuton Corrêa, do BNC Amazonas, e Hudson Lima, do Parintins-Amazonas
Publicado em: 05/01/2024 Ã s 06:22 | Atualizado em: 05/01/2024 Ã s 06:22
Após um 2023 vindo ao Amazonas sob pressão regional por licença para obras na BR-319, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) está de novo com viagem programada para o Estado neste inÃcio de ano.
Desta vez, porém, a agenda não é administrativa. Marina Silva vem ao Amazonas fazer polÃtica. Será no próximo dia 25 de janeiro.
Nesse sentido, seu compromisso será participar do lançamento da “bancada do cocar”. O evento é organizado por seu partido, Rede Sustentabilidade, que tem como porta-voz principal a deputada federal Luiza Helena (AL).
Segundo Jecinaldo Sateré Cabral, coordenador-geral dos Direitos Sociais IndÃgenas do Ministério dos Povos IndÃgenas, a bancada do cocar terá base nos municÃpios para fortalecer, em 2026, a candidatura à reeleição do presidente Lula.
“Será um grande movimento dia 25. Já estão filiados à Rede lideranças indÃgenas importantes como: Vanda Ortega Witoto, Eliezer Marubo”, informou o Jecinaldo, acrescentando.
Agora teremos filiações de lideranças do Amazonas e da Amazônia, como Emilson Munduruku (atual Coordenador da Funai-Manaus), Marcos Apurinã (candidato a deputado estadual na última eleição), Almir Narayamoga SuruÃ, de Rondônia, considerado um dos lÃderes mais importantes na defesa da Amazônia.
Jecinaldo Sateré disse também que Marina Silva terá encontro com indÃgenas que estão pré-candidatos a prefeito, vice-prefeito e a vereador nas eleições de 2024″.
“Teremos também a presença de outros movimentos sociais, uma aliança entre os povos originários e tradicionais. O projeto é o fortalecimento da Rede no Amazonas, principalmente nos municÃpios”, afirma.
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Câmara de Manaus
O movimento indÃgena do Amazonas e a Rede têm objetivos pragmáticos para 2024 em Manaus, segundo Jecinaldo.
O foco, no caso, é a Câmara Municipal de Manaus. Essa articulação estima que o movimento tem força para, pela primeira vez, conquistar uma cadeira de vereador e vereadora na capital.
Eles levam em conta a população indÃgena urbana de Manaus, hoje estimada em 70 mil cidadãos. Esse número faz do Amazonas a capital mais indÃgena do paÃs.
Além disso, o projeto da bancada do cocar mira a população indÃgenas do Amazonas, de quase meio milhão de pessoas.
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Força
Além disso, na avaliação de Jecinaldo, é possÃvel, sim, a Rede Sustentabilidade eleger representantes em nÃvel nacional, estadual e municipal.
O total da população indÃgena do Amazonas é de 490 mil pessoas. AÃ, mora a força polÃtica dos indÃgenas, seus aliados e outras populações tradicionais aqui no Amazonas. Por exemplo, na atual conjuntura, temos o presidente Lula, favorável à pauta indÃgena, destaca.
Congresso contra os indÃgenas
Jecinaldo, no entando, reconhece que existe hoje um Congresso altamente antiindÃgena. “Com retrocesso, perdas em nossos direitos, como foi o caso do marco temporal”, lembrou Jecinaldo.
Importância de Lula para o movimento
Dessa forma, destaca, organizar a bancada do cocar visando a eleição de 2024 e 2026 é necessária.
O presidente Lula tem demonstrado na prática que é aliado dos povos indÃgenas, com a criação do Ministério dos Povos IndÃgenas, demarcação de terras indÃgenas, com o novo PPA 2024 a 2027 etc. Por isso, é necessário fortalecer e garantir continuidade do governo do presidente Lula, concluiu Sateré.
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Foto: reprodução/Facebook/Marina Silva