Retrospectiva BNC | recorde principais acontecimentos de 2023
Ano marca volta de Lula ao poder, despedida de líder político, seca recorde dos rios, reforma tributária aprovada, ataque golpista, calor e fumaça

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 29/12/2023 às 15:35 | Atualizado em: 29/12/2023 às 16:19
O Amazonas encerra o ano de 2023 com saldo de acontecimentos inéditos, que vão desde uma seca severa, inédita em 120 anos, aos dias em que a capital, Manaus, acordou encoberta por fumaça, sendo assim, a qualidade do ar considerada péssima e uma das piores do mundo.
No cenário político, além da posse de Wilson Lima (União), o estado se despediu, neste ano, de um dos seus mais tradicionais políticos, Amazonino Mendes.
Um dos últimos atos do ex-governador foi declarar apoio a Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) na última eleição presidencial. O político, que governou o estado por quatro vezes, deixou um legado histórico de grandes obras.
“Um processo de genocídio contra povos indígenas estava em curso sob a gestão de Jair Bolsonaro”. Foi como definiu o governo de Lula, no Comitê de Direitos Humanos da ONU, a crise humanitária vivida por indígenas ianomâmis na Amazônia.
Com o agravamento da estiagem no Amazonas, dezenas de botos morreram nos lagos secos da região. O evento, considerado “sem precedentes na Amazônia”, ligou o alerta para futuras mudanças climáticas e seus impactos no território.
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Relembre alguns dos principais acontecimentos de 2023:
• Posse de Lula; petista voltou ao poder após 12 anos, acabando com 4 anos de bolsonarismo.
• Reeleição de Wilson Lima; governador foi reconduzido ao cargo ao ser empossado para um segundo mandato à frente do Poder Executivo Estadual.
• Ataques bolsonaristas; em 8 de janeiro, inconformados com a derrota de Bolsonaro, um grupo de golpistas invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
• Morte de Amazonino Mendes; em fevereiro, ex-governador foi vítima fatal de pneumonia, aos 83 anos. Populares, familiares, amigos e autoridades prestaram as últimas homenagens ao político, em funeral que aconteceu em Manaus.
• Rio Negro; em fevereiro, cheia de 4,5 m já acenava para situação de risco. Registro do período mostrou que o rio que banha Manaus encheu quase quatro metros em menos de dois meses.
• Suframa; saída dos militares e nomeação interina de Marcelo Pereira, em fevereiro. Militares que ocupavam os principais cargos da cúpula do órgão foram desalojados. Em abril, o governo Lula nomeu o ex-deputado Bosco Saraiva (Solidariedade) para o comando da Suframa, que passou a ser totalmente desmilitarizada de bolsonaristas.
• Ianomâmis; além das ameaças do garimpo ilegal, indígenas ianomâmis viveram crise humanitária na saúde. Em maio, a terra indígena chegou a registrar 122 mortes em quatro meses de emergência em saúde pública.
• Calor em Manaus; o calor na cidade foi mais intenso neste ano, com dias seguidos de recordes de altas temperaturas. Em um sábado de setembro, por exemplo, o calor foi o mais forte da temporada, com registro de 37,8°C.
• Tragédia em Barcelos; um avião com turistas de diferentes partes do Brasil caiu em Barcelos. A aeronave tentava pousar na cidade, mas chovia forte no momento. O grupo participaria da temporada de pescas no município, em setembro.
• Fumaça em Manaus; por conta da fumaça que encobriu a cidade, a capital amazonense chegou a registrar, em outubro, a segunda pior qualidade do ar do mundo.
• BR-319; pontes caídas no Amazonas e os transtornos ao tráfego. ‘Caravana da BR-319’, que pressiona por obra, presenciou, em novembro, no trajeto entre Manaus e Porto Velho, restos da estrutura da ponte sobre o rio Autaz-Mirim, no Amazonas, que desabou em outubro de 2022.
• Seca histórica; o estado viveu uma das maiores crises ambientais. Considerada a pior seca em 120 anos, o nível das águas baixou consideravelmente, o que ocasionou a morte de espécies, entres os meses de setembro e outubro, e prejuízos a todos os municípios do Amazonas.
• Aprovação reforma tributária; aprovada por Câmara dos Deputados e Senado; promulgada em dezembro, mudança na administração dos impostos brasileiros foi considerada histórica. Isso porque há 30 anos o Congresso Nacional e os sucessivos governos discutiam o tema. A ZFM foi preservada na proposta.
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Fotomontagem: BNC Amazonas