O que falta para Lewandowski no Ministério da Justiça
Após 17 anos no Supremo, Lewandowski destaca satisfação na carreira privada e ressalta os desafios e limitações que envolvem assumir um papel no governo federal.

Diamantino Junior
Publicado em: 11/12/2023 às 10:53 | Atualizado em: 11/12/2023 às 10:53
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), está avaliando a possibilidade de indicar Ricardo Lewandowski como sucessor de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No entanto, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que não foi contatado por nenhum representante do governo Lula.
Fontes próximas a Lewandowski indicam que o jurista não demonstra entusiasmo em assumir uma posição no governo federal.
Após 17 anos de atuação no STF, Lewandowski destacou sua satisfação plena com sua carreira na iniciativa privada e não tem a intenção de abandoná-la.
O ex-ministro salientou que retornar à vida pública envolveria participar de comissões no Congresso Nacional, lidar frequentemente com a mídia, jornalistas e políticos, além de assumir a complexa responsabilidade pela segurança pública, um dos desafios mais intricados do Brasil.
Lewandowski também ressaltou que teria limitado poder no campo da Justiça, dado que o governo já indicou os nomes para o Superior Tribunal de Justiça.
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Seu posicionamento atual contrasta com o início do ano, quando seu nome foi cogitado para o cargo de ministro da Defesa.
No final do ano passado, o ex-ministro do STF era considerado favorito para o cargo, com especulações na imprensa sobre a possibilidade de antecipar sua aposentadoria do Supremo para ingressar no governo. No entanto, Lewandowski permaneceu na Suprema Corte até abril, adiando sua entrada no governo.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil