Contato de presos da Maus Caminhos no CDP preocupa do lado de fora

Publicado em: 23/12/2017 às 12:19 | Atualizado em: 23/12/2017 às 12:19

Amigos e advogados dos presos na segunda fase da operação Maus Caminhos, batizada pela Polícia Federal de operação Custo Político, revelam preocupação com a situação deles na carceragem do Centro de Detenção Provisória (CDP), em Manaus.

Temem que, estando todos no mesmo espaço físico, com liberdade de movimentação no pavilhão, algo possa acontecer entre eles, como agressão física, por exemplo.

Afinal, estavam juntos delatores e delatados. Como o médico Mohamad Moustafá, que comandava a quadrilha da propina que desviou milhões de reais da saúde pública do Amazonas, e o ex-secretário Evandro Melo, irmão do ex-governador José Melo (Pros), preso nesta semana na terceira fase das investigações, na operação Estado de Emergência.

Moustafá, que ganhou liberdade na manhã deste sábado, dia 23, teria denunciado o envolvimento de Evandro no assassinato de um militante político do PDT durante a campanha ao governo de 2014, entre outras revelações que pode ter feito à Polícia Federal.

Há também preocupação com a ameaça de facções criminosas de um novo massacre para lembrar o que ocorreu no réveillon deste ano, quando mais de 60 presos foram executados dentro de presídios.

O regime frouxo de detenção no CDP torna os presos da Maus Caminhos alvo fáceis em uma rebelião, segundo fonte policial.

 

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Foto: Reprodução/vídeo D24AM_YouTube