Doações via pix a Bolsonaro: relatório detalha origens
Essas doações geraram atenção da PGR e estão sob análise para investigação pela Polícia Federal.

Diamantino Junior
Publicado em: 28/10/2023 às 16:36 | Atualizado em: 30/10/2023 às 11:16
Um relatório obtido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos do 8 de janeiro revela que Jair Bolsonaro recebeu doações via Pix de 18.082 servidores federais, totalizando mais de R$ 18 milhões. A análise, baseada na quebra de sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cid, expõe transações já no governo de Lula. A informação é do portal Metrópoles.
“Assédio Judicial”
A análise detalhada das transações via Pix entre junho e julho revela doações expressivas por servidores federais já durante o governo Lula.
A campanha de arrecadação, sob a alegação de “assédio judicial” a Bolsonaro, resultou em R$ 18,1 milhões provenientes de 770,2 mil doadores.
Doações de conhecidos
Diversos perfis contribuíram, incluindo servidores do Ministério da Saúde e policiais militares de São Paulo, destacando-se doações de ex-ministros e figuras públicas, como Rogério Marinho e Paulo Sérgio Nogueira.
O relatório também revela a distribuição territorial das doações, com São Paulo liderando, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Repercussões
As doações, ainda sob análise, geraram atenção da Procuradoria-Geral da República, que recomendou uma investigação pela Polícia Federal (PF). O relatório, apesar de não integrar o documento final da CPI, foi encaminhado a alguns parlamentares que fizeram parte da comissão.
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Distribuição Territorial
O documento destaca a distribuição territorial das doações, mostrando a contribuição de diferentes estados e cidades. Analisando a proporção populacional, destaca-se o estado de Goiás e a região administrativa de Brasília, revelando áreas com concentrações específicas de doadores.
Investigação
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o envio, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Polícia Federal (PF), de um pedido feito por parlamentares para que seja apurada a vaquinha que arrecadou R$ 17,2 milhões para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao STF, parlamentares afirmaram que a maioria dos doadores da vaquinha figura como investigada por atos antidemocráticos.
De acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que foi enviado à CPI dos golpistas, o ex-presidente reuniu o montante milionário por meio doações via PIX de janeiro a julho deste ano.
Foto: Beto Barata/PL