Amazônia: como foi encontro de Emicida e coral de crianças venezuelanas
Emicida visita abrigo Pricumã de refugiados venezuelanos em Boa Vista, Roraima, em gesto humanitário.

Diamantino Junior
Publicado em: 03/10/2023 às 14:21 | Atualizado em: 03/10/2023 às 14:21
Em um gesto humanitário, o rapper Emicida visitou o abrigo Pricumã, que atende refugiados e migrantes venezuelanos em Boa Vista, Roraima, no último domingo (1°/10). Sua visita foi organizada pelo Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), uma agência da ONU dedicada a refugiados que opera em Roraima em resposta à crise migratória da Venezuela.
A visita ocorreu enquanto Emicida estava na cidade para se apresentar no festival Mormaço Cultural, um evento gratuito promovido pela prefeitura local.
Antes de seu show, o rapper passou um tempo no abrigo, interagindo com as crianças e adolescentes venezuelanos que residem no local.
Atualmente, o abrigo Pricumã acolhe 1.222 pessoas, incluindo 39 menores desacompanhados ou sem suas famílias.
Durante sua visita, Emicida participou de uma apresentação do coral e conversou com as crianças.
A música serviu como uma ponte de conexão entre o rapper e os jovens.
Emicida respondeu a perguntas sobre sua carreira, interesses e sentimentos, bem como sobre o significado da música para cada um.
Além disso, houve duas apresentações de rap realizadas pelos jovens abrigados. O rapper também se apresentou, encerrando a visita de forma emocionante.
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Emicida compartilhou fotos da visita em suas redes sociais, mostrando-o sentado no chão, cercado por crianças e até mesmo um cachorro caramelo. Em um post no Twitter, ele expressou sua gratidão: “Obrigado pelo que vocês fizeram pela minha alma hoje”.
Durante sua apresentação no Mormaço Cultural à noite, Emicida mencionou sua visita ao abrigo e agradeceu aos migrantes pela oportunidade de conhecê-los. Ele destacou que o propósito de suas letras é proporcionar abrigo nos corações das pessoas e fazê-las sentirem que têm um lugar no mundo.
O Acnur enfatizou que a entrada de migrantes venezuelanos no Brasil, especialmente em Roraima, não é uma escolha, mas a única opção viável.
Essas pessoas são consideradas refugiadas devido a reais temores de perseguição relacionados a questões como raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política, bem como devido a conflitos armados, violência generalizada e graves violações dos direitos humanos.
Roraima tem sido a principal porta de entrada para migrantes venezuelanos desde 2016, quando eles começaram a chegar ao Brasil em busca de refúgio devido à grave crise econômica, social e política em seu país.
O Brasil os recebe através da Operação Acolhida, coordenada pelo governo federal e liderada pelo Exército, com colaboração de agências da ONU e organizações sociais. Atualmente, o estado possui oito abrigos para migrantes, incluindo o abrigo Pricumã, que foi visitado por Emicida.
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