Lula destaca na ONU redução de 48% no desmatamento na Amazônia

O presidente reiterou a importância do investimento ambiental prometido pelos países desenvolvidos e destacou o novo momento político na região amazônica, enfatizando a colaboração entre os países que compartilham o bioma.

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 19/09/2023 às 19:24 | Atualizado em: 19/09/2023 às 19:24

Em discurso nesta terça-feira (19/9), na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York (EUA), o presidente Lula da Silva destacou a queda de 48% no desmatamento na Amazônia.

De acordo com o presidente, o país retomou “uma robusta e renovada agenda amazônica, com ações de fiscalização e combate a crimes ambientais”.

“Ao longo dos últimos oito meses, o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%”, discursou.

O presidente também cobrou os países mais desenvolvidos para que cumpram a promessa de investimento na área ambiental.

“A promessa de destinar US$ 100 bilhões, anualmente, para os países em desenvolvimento permanece apenas isso, uma promessa”, criticou.

Para ele, atualmente esse valor seria insuficiente para uma demanda que já chega à casa dos trilhões de dólares.

“Sem a mobilização de recursos financeiros e tecnológicos não há como implementar o que decidimos no Acordo de Paris e no Marco Global da Biodiversidade”, considerou.

Lula também ressaltou um novo momento político em relação à região. “O mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, a Amazônia está falando por si”, afirmou.

Ele também destacou a realização, há um mês, da Cúpula de Belém (PA), quando foi lançado uma nova agenda de colaboração entre os países que fazem parte daquele bioma.

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Na ocasião, Lula lembrou que o Brasil aprofundou o diálogo com outros países detentores de florestas tropicais da África e da Ásia.

“Queremos chegar à COP 28 em Dubai com uma visão conjunta que reflita, sem qualquer tutela, as prioridades de preservação das bacias Amazônica, do Congo e do Bornéu-Mekong a partir das nossas necessidades”, disse.

“Somos 50 milhões de sul-americanos amazônidas, cujo futuro depende da ação decisiva e coordenada dos países que detêm soberania sobre os territórios da região”, completou.

Foto: Ricardo Stuckert/PR