Morre menina baleada pela PRF e prisão de agentes é pedida
Lula disse que o fato é algo que não pode acontecer

Mariane Veiga
Publicado em: 16/09/2023 às 19:56 | Atualizado em: 16/09/2023 às 20:08
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a prisão preventiva dos três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte de Heloísa dos Santos, de 3 anos, baleada após uma abordagem na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Heloísa morreu neste sábado (16), 9 dias após o incidente. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, a garota teve uma parada cardiorrespiratória irreversível.
O procurador Eduardo Benones representou pela prisão dos agentes Fabiano Menacho Ferreira, que admitiu ter feito os disparos, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva.
O pedido foi feito na noite desta sexta-feira (15), antes de Heloísa morrer.
Na peça, Benones afirma que 28 agentes da PRF foram até o hospital logo após o incidente “numa tentativa inequívoca de intimidar” a família e lembra que um deles, à paisana, conseguiu chegar até a emergência pediátrica e falar com o pai da menina.
“A presença de 28 inspetores no hospital, no dia do ocorrido, em contato visual e às vezes verbal, com as vítimas demonstra uso indevido da força corporativa”, escreveu Benones na justificativa.
“Quem deveria cuidar”
O presidente Lula da Silva (PT) afirmou que a morte da menina é “algo que não pode acontecer“.
Em uma rede social, Lula argumentou que a criança foi “atingida por tiros de quem deveria cuidar da segurança da população”.
“Morreu hoje a pequena Heloisa dos Santos Silva, de 3 anos, atingida por tiros de quem deveria cuidar da segurança da população. Algo que não pode acontecer. A dor de perder uma filha é tão grande que não tem nome para essa perda. Não há o que console. Meus sentimentos e solidariedade aos pais e demais familiares”, lamentou o presidente.
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Foto: Reprodução/redes sociais