Doleiro prepara bomba no STF que pode implodir Moro e resto da Lava Jato

Advogados de Youssef preparam ação contra Moro que pode impactar investigação da Lava Jato. Senador nega irregularidades e destaca que o caso foi analisado por vários juízes e arquivado corretamente.

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Diamantino Junior

Publicado em: 15/09/2023 às 17:17 | Atualizado em: 15/09/2023 às 17:18

Os advogados de Alberto Youssef planejam apresentar uma ação impactante no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Sergio Moro, ex-juiz e atual senador, com o potencial de abalar as bases da investigação da Lava Jato.

O doleiro Youssef alega ter reunido evidências que podem invalidar o acordo de delação premiada que ele havia feito no início da operação, envolvendo políticos e empreiteiros em casos de corrupção.

A informação foi divulgada pela coluna Radar, da revista Veja.

O ex-operador de propinas na diretoria de Abastecimento da Petrobrás detalhou uma série de ações de Moro que teriam contribuído para encobrir o escândalo relacionado a grampos clandestinos encontrados na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no início da Lava Jato.

Esses grampos teriam sido implantados de maneira irregular para monitorar as conversas entre Youssef e sua defesa, a fim de usá-las para chantagens.

Segundo Youssef, teria sido a alegada interferência de Moro na investigação sobre os grampos que permitiu sufocar o caso e evitar que a Lava Jato fosse prejudicada em sua fase inicial.

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Na ação a ser protocolada no STF, Youssef solicita que o ministro Dias Toffoli assuma a investigação sobre Moro relacionada aos grampos encontrados em sua cela em 2014.

Vale mencionar que Youssef já havia tentado acessar o laudo da investigação anteriormente, mas não obteve sucesso durante o período em que Moro estava à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Somente em 2023, por meio de uma nova petição apresentada a Eduardo Appio, o doleiro conseguiu analisar o material.

Moro, em sua defesa, afirma não ter cometido irregularidades no caso dos grampos descobertos na cela de Youssef.

Ele alega que o caso passou por “vários juízes” desde sua saída da magistratura e foi arquivado “de forma apropriada” por Luiz Antonio Bonat, então juiz da Lava Jato.

Moro ainda enfatiza que qualquer insinuação sobre seu envolvimento é uma calúnia.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil