Lava Jato: CNJ aponta desvio de R$ 2,5 bi na gestão do ex-juiz Moro
Segundo o documento do CNJ, os magistrados que atuaram durante a Operação Lava-Jato agiram de forma imprudente, ignorando deveres básicos de transparência, imparcialidade e prudência

Ferreira Gabriel
Publicado em: 15/09/2023 às 16:49 | Atualizado em: 15/09/2023 às 16:56
A Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) enviou um resumo de suas descobertas relacionadas à 13ª Vara Federal de Curitiba, onde ocorreu a Operação Lava-Jato, aos conselheiros do CNJ.
O relatório lança dúvidas sobre a conduta dos magistrados envolvidos, incluindo o ex-juiz Sergio Moro, ao destacar a falta de clareza na gestão financeira dos recursos provenientes de delações e ações da força-tarefa, segundo reportagem do jornalista Robson Bonin, na revista Veja.
Estima-se que os desvios possam somar cerca de R$ 2,5 bilhões.
O cerne da investigação aponta para uma administração financeira tumultuada dos valores resultantes de acordos de colaboração e leniência, homologados pelo tribunal de Curitiba.
Segundo o documento, os magistrados que atuaram durante a Operação Lava-Jato agiram de forma imprudente, ignorando deveres básicos de transparência, imparcialidade e prudência.
Eles permitiram a transferência de recursos e bens apreendidos para a Petrobras e outras empresas antes mesmo do término dos processos, prejudicando assim os interesses de entidades privadas.
Além disso, a investigação menciona uma possível negociação obscura entre a força-tarefa da Lava-Jato e a Petrobras, intermediada pelo então juiz Sergio Moro, com o objetivo de criar a Fundação Lava-Jato, que receberia uma quantia substancial de dinheiro da companhia petrolífera.
Os investigadores alegam que uma quantia semelhante foi destinada à estatal pela Lava-Jato de maneira irregular entre 2015 e 2018.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil