Pazuello: dez meses no governo Bolsonaro, três documentos assinados

General ganhou cargo no Planalto depois de também atacar a vacinação da covid

Ferreira Gabriel

Publicado em: 13/09/2023 às 11:50 | Atualizado em: 13/09/2023 às 11:53

O deputado Eduardo Pazuello, do PL do Rio de Janeiro, assinou eletronicamente apenas três documentos nos dez meses em que tinha um cargo de confiança no Palácio do Planalto.

O expediente é incomum no serviço público, especialmente para um secretário da Presidência.

A assinatura eletrônica de documentos é o procedimento padrão para qualquer registro que tramita em órgãos públicos. Seja o despacho de um processo, uma consulta a outro departamento ou até um pedido rotineiro de reunião.

Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. A Presidência só divulgou um dos três documentos assinados por Pazuello naquela época. Trata-se de um ofício ao então comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, pedindo um apartamento funcional em Brasília.

Pazuello teve um cargo de confiança no Planalto de Jair Bolsonaro de junho de 2021 a abril de 2022, com um salário de até R$ 16 mil, fora os vencimentos do Exército. Foi secretário de Estudos Estratégicos e assessor especial de Assuntos Estratégicos. O general foi nomeado depois de comandar uma gestão que atacou a vacinação contra a Covid no Ministério da Saúde.

Além das raras assinaturas no sistema do governo, a agenda de Pazuello no Planalto costumava ficar vazia naquele período, outro fato inusitado.

Leia mais na coluna de Guilherme Amado no Metrópoles

Leia mais

Ministro anula decisão da Justiça e investiga Bolsonaro e Pazuello

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil