Força-tarefa da AGU apura ‘desvios’ da Lava Jato e Moro contra Lula
A investigação visa a avaliar possíveis desvios e irregularidades por parte de agentes públicos e promotores envolvidos nos processos, incluindo Sergio Moro.

Diamantino Junior
Publicado em: 06/09/2023 às 18:35 | Atualizado em: 06/09/2023 às 18:41
A Advocacia-Geral da União (AGU) está organizando uma força-tarefa para investigar possíveis desvios de agentes públicos e promover a reparação de danos relacionados às decisões emitidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba nas ações envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Essa vara foi anteriormente liderada pelo então juiz federal Sergio Moro, atualmente senador.
A AGU tem como alvo membros do Ministério Público Federal (MPF) envolvidos na Operação Lava Jato e magistrados que atuaram nesses casos, incluindo Sergio Moro.
Essa ação atende a uma determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todas as provas provenientes do acordo de leniência da Odebrecht com a força-tarefa de Curitiba.
Toffoli acredita que as evidências apresentadas no processo revelam irregularidades por parte da Lava Jato, que, em sua opinião, perseguiu empresas e autoridades, causando prejuízos ao Estado.
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Segundo o magistrado, os procuradores e outros envolvidos nessas ações tinham um projeto de poder que resultaria em uma série de ações prejudiciais à democracia e às instituições nos anos seguintes.
Ele descreveu a situação como uma conspiração destinada a conquistar o Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos ilegais.
Toffoli afirma que essa conspiração prejudicou as instituições, autoridades, empresas e outros alvos específicos, e representa uma ameaça à democracia e às instituições do país.
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Foto: Renato Menezes/AscomAGU