Casal Bolsonaro ficou mudo, mas quer saber o que outros disseram à PF

A defesa de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro busca acesso aos depoimentos dados à Polícia Federal no inquérito das joias, enquanto ambos são investigados nesse caso. Além disso, outras personalidades foram intimadas a depor, com algumas optando pelo silêncio e outras prestando depoimento extenso.

Diamantino Junior

Publicado em: 01/09/2023 às 18:13 | Atualizado em: 01/09/2023 às 18:13

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o acesso completo aos depoimentos prestados na quinta-feira (31) à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que investiga a suposta venda irregular de joias recebidas por comitivas do governo Bolsonaro durante viagens oficiais.

Na petição dirigida a Moraes, os advogados do casal alegam que os depoimentos constituem “elementos já devidamente documentados” e solicitam o acesso imediato a esses documentos, bem como a inclusão dos mesmos nos autos do processo.

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O casal Bolsonaro está entre as oito pessoas citadas no inquérito das joias que foram convocadas pela PF para depor na quinta-feira, em Brasília e São Paulo. Além deles, receberam intimação para prestar depoimento:

Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Mauro Lourena Cid: pai de Cid, general da reserva e colega de Bolsonaro na Aman

Frederick Wassef: advogado de Bolsonaro

Fabio Wajngarten: ex-chefe da comunicação do governo Bolsonaro

Marcelo Câmara: ex-assessor especial de Bolsonaro

Osmar Crivellati: ex-assessor de Bolsonaro

As defesas de Bolsonaro, Michelle, Wajngarten e Câmara anunciaram previamente que seus clientes permaneceriam em silêncio durante os depoimentos. Em comunicado, os advogados dos quatro argumentaram que o Supremo Tribunal Federal (STF) não era a instância apropriada para a investigação.

Por outro lado, Mauro Cid, de acordo com informações do G1, prestou depoimento à PF por mais de nove horas.

O advogado Cezar Bittencourt, que representa Cid, afirmou ao blog da Camila Bomfim que seu cliente não fez acusações contra Jair Bolsonaro durante o depoimento e que ele assumiu plenamente sua responsabilidade.

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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado