Rio Amazonas: ‘piratas’ roubam 4 milhões de litros de combustíveis

Saiba mais sobre os desafios enfrentados na região amazônica devido ao roubo de combustíveis de embarcações.

Sem segurança, 'piratas' se passam por polícia no rio Madeira

Diamantino Junior

Publicado em: 28/08/2023 às 22:44 | Atualizado em: 28/08/2023 às 23:35

Nos últimos 18 meses, ocorreu um roubo de aproximadamente 4 milhões de litros de combustíveis de embarcações na região amazônica.

Grupos criminosos estão ativos desviando esses produtos, cruciais para abastecer cidades e gerar energia em áreas desconectadas da rede elétrica nacional.

Dados do Instituto Combustível Legal (ICL) e do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) revelam essa situação preocupante, levando-os a buscar ações conjuntas das autoridades para combater essa atividade criminosa.

O Rio Amazonas, com sua extensão de 6.571 quilômetros, é uma via hidroviária vital para o transporte de diversos produtos. A região vê cerca de 11 bilhões de litros de combustíveis negociados anualmente. Contudo, a vulnerabilidade da segurança torna o transporte de insumos desafiador.

Valéria Lima, diretora-executiva de Downstream do IBP, destaca que a segurança no rio Amazonas é um desafio abrangente, afetando até mesmo embarcações de passageiros.

A ação criminosa foca nos combustíveis por serem insumos essenciais para várias atividades, como aviação e garimpo irregular. Os institutos defendem integração de dados, forças-tarefa e leis mais rigorosas para combater esse problema.

Diante dessa situação, as transportadoras têm buscado serviços de segurança privada para proteger os comboios fluviais. IBP e ICL elaboraram um manual para orientar empresas que optam por escoltas armadas, o que tem contribuído para reduzir as ocorrências.

No entanto, essa medida aumenta custos e riscos, incluindo possíveis tiroteios e vazamentos de combustíveis nos rios.

Leia mais

Polícia recupera 250 mil litros de combustível com ‘piratas’ do Madeira

O ICL vem alertando as autoridades sobre essa questão e busca compromissos entre o setor e o governo para coibir o crime.

Além disso, há um chamado para a atuação do Congresso Nacional em legislações que tipifiquem e punam esses crimes, estendendo essa ação para os diferentes modos de transporte, incluindo o aquaviário.

Leia mais no UOL

Foto: reprodução/A Critica de Humaitá