Advogado de Bolsonaro confessa compra de joia, ‘mas chefe não mandou’

O advogado Frederick Wassef admitiu nesta terça-feira (15) ter, sim, comprado o Rolex nos Estados Unidos, após o surgimento do recibo de compra.

Antes disso, ele havia negado em nota a compra do relógio no domingo (13).

Na nota de domingo, ele havia dito que a investigação da Polícia Federal que fazia essa revelação era “fake news” e “total armação”.

Nesta terça, Wassef concedeu uma coletiva confirmando que comprou o relógio, com recursos próprios, com o propósito de devolver à Presidência da República.

“Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e eu usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente para devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República”, afirmou ele.

Em tom de ironia, Wassef afirmou ainda que o governo deve a ele R$ 300 mil, valor que teria pago pela joia. O advogado, segundo a PF, chegou aos Estados Unidos no dia 11, recomprou o relógio no dia 14 e retornou ao país no dia 29 daquele mês.

O advogado negou que participou de uma “operação resgate” do Rolex e que sua viagem, de cunho pessoal, já estava marcada com antecedência. E fez mistério sobre se tratar do mesmo relógio:
“E se o relógio for outro?”.

Leia mais na matéria de Evandro Éboli no Correio Braziliense

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Foto: Reprod/TV