Auxiliar de Bolsonaro, sargento do EB movimentou R$ 3,3 milhões com Cid

A movimentação levanta preocupações sobre possível lavagem de dinheiro.

Em áudio, Cid fala em dinheiro vivo no valor de US$ 25 mil para Bolsonaro

Diamantino Junior

Publicado em: 15/08/2023 às 14:29 | Atualizado em: 15/08/2023 às 14:33

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão vinculado ao Banco Central, teria divulgado à CPMI de 8 de janeiro dados que poderiam implicar outro assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desta vez, o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis teria movimentado R$ 3,34 milhões em suas contas entre 1º de fevereiro de 2022 e 8 de maio deste ano, apesar de receber um salário bem menor, de R$ 13,3 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O valor substancial teria resultado de dezenas de depósitos, com parte deles supostamente repassados ​​ao tenente-coronel Mauro Cid, superior de Reis e principal assessor de Bolsonaro.

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Os dados foram enviados a pedido do senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Segundo o Coaf, os repasses de Reis a Cid são considerados indícios de possível lavagem de dinheiro.

Presos

Reis foi preso em maio durante a Operação Venire, uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre fraude de carteira de vacinação. Reis teria convocado seu sobrinho, Dr. Farley Vinicius Alcântara, para preencher e carimbar um dos cartões falsificados emitidos em nome da esposa de Cid.

Antes de sua prisão, o sargento Reis também participou das manifestações antidemocráticas em Brasília que vandalizaram a sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

Atividades financeiras inconsistentes para um salário militar

O relatório do Coaf já havia indicado que Reis teria repassado R$ 82 mil a Cid em um período de três meses.

“Considerando as atividades financeiras atípicas e inexplicáveis, juntamente com menções desfavoráveis ​​da mídia tanto ao sujeito quanto ao principal beneficiário, denunciamos o potencial de constituir indicadores de lavagem de dinheiro”, afirma o relatório do Coaf.

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