Pai de ajudante de Bolsonaro, general é alvo da PF

O general da reserva do Exército, Mauro César Lourena Cid, é alvo da Operação Lucas 12:2 da Polícia Federal, em relação à investigação de fraude em vacinação.

Diamantino Junior

Publicado em: 11/08/2023 às 09:34 | Atualizado em: 11/08/2023 às 10:52

O general da reserva do Exército, Mauro César Lourena Cid, alvo da Operação Lucas 12:2 da Polícia Federal (PF) realizada nesta sexta-feira (11/8), possui laços familiares e de amizade que se entrelaçam com figuras proeminentes. Seu filho, Mauro César Barbosa Cid, um tenente-coronel ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, encontra-se detido desde maio devido à investigação de fraudes na vacinação contra a Covid-19.

A trajetória do general Lourena inclui sua atuação na Casa Militar do governo do ex-presidente José Sarney, bem como sua ligação pessoal com Jair Bolsonaro, com quem compartilhou vivências desde o curso de cadetes na Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, na década de 1970.

Seu filho, Mauro Cid, que ocupou o cargo de ajudante de ordens no governo Bolsonaro, é tido como indicado em virtude da proximidade entre o pai e o ex-presidente.

Mauro César Lourena, por sua vez, teve passagens marcantes em posições como a direção do Departamento de Educação do Exército e a chefia do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) nos Estados Unidos (EUA).

Em suas visitas ao filho detido, o general demonstrou ser uma figura discreta, tanto como pai quanto como militar.

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Apesar de sua reputação de reserva, informações surgiram em julho, alegando que o general Lourena teria pressionado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na tentativa de libertar seu filho da prisão.

A teia de relações entre família, militares e personalidades políticas adiciona complexidade a este cenário, sendo alvo de investigações e atenção midiática.

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Foto: Alesp/divulgação