‘Não tem sustentabilidade da Amazônia com pobreza’, diz Lima à ONU

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), disse em evento organizado pela ONU que as populações da Amazônia precisam de mais oportunidades e acesso a itens básicos, e que sustentabilidade não combina com pobreza.

Lima participou hoje (2) do evento “ONU e Amazônia: parceria para o desenvolvimento sustentável”, organizado pela ONU e Governo do Pará, no município de Santarém.

Ele voltou a defender um olhar diferenciado do Brasil e do mundo para “além da copa das árvores da Amazônia”. O governador disse que é urgente a necessidade de políticas públicas específicas aos habitantes da Amazônia.

O encontro de Santarém serviu também para lançamento do Fundo Brasil-ONU para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. Trata-se de uma parceria entre ONU e governos federal e dos estados do Consórcio Interestadual para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal Brasileira.

“Fico muito feliz com o anúncio do Fundo ONU-Brasil, parceria importante para que a gente avance na questão do desenvolvimento sustentável. E não tem como ser sustentável com pobreza, não tem como preservar com pobreza”, disse Lima.

Conforme o governador, “quem mora na Amazônia não pode continuar sendo o vilão, por exemplo, das mudanças climáticas”.

Entre os presentes, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, o governador do Pará, Helder Barbalho, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, além de outras autoridades.

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Novo fundo da Amazônia

A ONU e o consórcio de governadores lançaram em novembro de 2022, na COP-27, no Egito, um mecanismo programático-financeiro para a promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira.

Por ele, é prevista a mobilização de recursos por meio da criação do chamado fundo multidoadores da ONU para o desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Conforme o Governo do Amazonas, o fundo vai beneficiar populações mais vulneráveis da região com ações de geração de alternativas econômicas sustentáveis, de proteção de meios e modos de vida e de garantia de segurança física, sanitária, energética, climática e alimentar.

Isso será feito por meio de financiamento de propostas que priorizem a melhoria da governança ambiental e redução de atividades ilegais, informou o governo.

Foto: Diego Peres/Secom